“A Câmara Municipal reivindica, uma vez mais, junto da tutela, a rápida construção deste equipamento, de forma a assegurar a prestação de cuidados de saúde primários à população da freguesia de forma condigna”, refere um comunicado divulgado hoje pela autarquia do distrito de Setúbal.
“Reitera também a necessidade de uma resposta concreta sobre o terreno que propôs para a construção e a tipologia do equipamento a construir, para que seja possível formalizar a sua cedência à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e objetivar o compromisso a estabelecer entre as partes”, lê-se na mesma nota.
A tomada de posição do executivo da Câmara de Palmela surge na sequência da aprovação, por unanimidade, de uma moção pela construção da Unidade de Saúde Familiar de Quinta do Anjo, na reunião pública de 8 de maio.
A moção alerta para os problemas da atual Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Quinta do Anjo e para o elevado número de utentes sem médico de família, destacando também as diligências do município junto da Administração Central, bem como a disponibilidade para colaborar na procura de uma solução.
“A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Quinta do Anjo continua, hoje, a funcionar em instalações alugadas, no rés-do-chão de um prédio na urbanização Portais da Arrábida e, apesar do enorme esforço e dedicação da equipa, debate-se com problemas quer de subdimensionamento perante as exigências de uma comunidade em franco crescimento, quer de falta de recursos materiais e humanos para fazer face às necessidades”, refere o documento aprovado por unanimidade pelo executivo camarário, de maioria CDU.
De acordo com a autarquia, que cita dados do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) Arrábida, de 2019, dos mais de 10 mil inscritos naquela unidade de saúde, alegadamente subdimensionada face ao aumento da população daquela freguesia do concelho de Palmela, há 24,7% de utentes sem médico de família.
“Na freguesia, à falta de recursos materiais soma-se a preocupante falta de recursos humanos, com as restantes Unidades de Saúde em funcionamento – Bairro dos Marinheiros e Olhos de Água/Quinta das Flores – a registarem 100% de utentes (1.815) sem médico de família e deficientes condições de trabalho e acolhimento”, acrescenta o texto da moção da Câmara de Palmela.
A Câmara Municipal de Palmela recorda ainda que luta pela construção de uma nova unidade de saúde há cerca de duas décadas e lembra que disponibilizou, em 2002, um terreno para a construção daquele equipamento de saúde.
LUSA/HN
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