As visitas aos lares de idosos vão ser retomadas em 18 de maio, mas vão ser sujeitas a agendamento prévio e, numa fase inicial, serão limitadas ao máximo de uma visita por semana e por utente, segundo orientações dadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Em declarações hoje à agência Lusa, Lino Maia, disse que as orientações ditadas pela DGS foram de algum modo concertadas com a CNIS.
“Penso que as medidas são exequíveis. É importante que as visitas sejam retomadas porque os nossos idosos estavam desde dia 06 de março enclausurados. Com este regresso, com a reabertura das creches, com o regresso de alguma atividade, era importante que os idosos não se sentissem esquecidos, abandonados. Portanto, o regresso das visitas é de facto importante”, disse.
O presidente da CNIS admite que há receios, mas com as devidas cautelas e com confiança acredita que “tudo vai correr bem”.
“Receios há isso não tenho a menor dúvida. Cautelas há e são importantes e a confiança é determinante, mas não tenho a menor dúvida que os nossos dirigentes e colaboradores nos lares saberão ter os devidos cuidados. Repito receios há, mas cautelas existem e a confiança é importante, para os idosos. É importarem saberem que podem receber uma visita num dia e hora a marcar”, realçou.
No entendimento de Lino Maia, 18 de maio é “momento exato” para a retoma das visitas.
“Os testes estão a ser feitos, está a decorrer um rastreio e os doentes covid-19 estão a ser tratados nos locais certos e não nos lares que são residenciais coletivas. Com estes cuidados propostos penso que não é cedo demais [a retoma das visitas]”, disse.
Numa informação publicada na segunda-feira no seu ‘site’, a DGS refere que este limite de um visitante por utente uma vez por semana poderá ser ajustado mediante as condições da instituição e a situação epidemiológica observada na zona onde o lar está localizado.
As visitas vão ter um tempo limitado, não devendo exceder os 90 minutos, acrescenta.
A orientação da DGS para a retoma das visitas a Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) prevê que as instituições garantam o agendamento prévio das visitas, para que possa ser garantida higienização entre visitas e a manutenção do distanciamento físico apropriado.
A instituição terá ainda de organizar um registo de visitantes, com indicação da data, hora, nome, contacto e residente visitado.
Os visitantes terão de “utilizar máscara, preferencialmente cirúrgica, durante todo o período de permanência na instituição”, ficando ainda impedidos de levar objetos pessoais, géneros alimentares ou outros produtos aos utentes.
Em 07 de março, a ministra da Saúde anunciou a suspensão das visitas em lares localizados na região norte e em 13 de março foi promulgado pelo Presidente da República o diploma do Governo com medidas extraordinárias e urgentes de resposta ao surto de covid-19, que contemplava a proibição de visitas a lares de idosos em todo o país.
As visitas, com início marcado para a próxima segunda-feira, dia 18 de maio, estarão sempre dependentes da situação epidemiológica observada na instituição ou no local onde esta está inserida, podendo voltar a ser suspensas por tempo limitado caso tal se verifique necessário.
Portugal contabiliza 1.144 mortos associados à covid-19 em 27.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
LUSA/HN
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