“Investigações anteriores mostraram que os anti-histamínicos têm benefícios na sobrevivência no cancro da mama. Agora vemos a mesma coisa em relação ao melanoma maligno. No entanto, são necessárias mais estudos para confirmar os resultados”, enfatiza o professor Håkan Olsson, da Universidade de Lund, na Suécia.
No estudo, publicado na revista “Allergy”, os investigadores analisaram o uso de seis anti-histamínicos em pacientes diagnosticados com melanoma maligno: desloratadina, cetirizina, loratadina, clemastina, ebastina e fexofenadina.
Compararam informações de três grandes registos suecos (registo de medicamentos prescritos, registo de cancro e registo de causa de morte) de todos os doentes que, entre 2006 e 2014, receberam o primeiro diagnóstico de cancro de pele, num total de 24.562 indivíduos. Desses, 1.253 usavam anti-histamínicos. Desloratadina foi o mais utilizado (395), seguindo-se a cetirizina (324), loratadina (251) ou clemastina (192). Os outros anti-histamínicos foram usados por consideravelmente menos indivíduos. O acompanhamento dos doentes foi realizado em 31 de dezembro de 2018.
“Observamos melhoria na sobrevida entre aqueles que usaram desloratadina e, em certa medida, também loratadina, principalmente na faixa etária dos 65 anos ou mais, em comparação com aqueles que não usaram anti-histamínicos. O uso de outros anti-histamínicos não mostrou efeito significativo na sobrevida. O uso de desloratadina e loratadina também pareceu reduzir o risco de contrair um novo melanoma maligno”, disse Håkan Olsson.
A equipa de investigação pretende avançar com a experimentação em animais e a realização de estudos randomizados, para entender os mecanismos deste efeito, a dose apropriada e o período ideal de tratamento.
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