Em declarações à agência Lusa, o presidente da APCC, Osvaldo Correia, lembra que “é preciso ter muita atenção com os raios ultravioleta elevados em dias de temperaturas amenas e até nublados”.
Alerta que o número de lesões na pele continua a aumentar e recorda que, na campanha do ano passado do Dia do Euromelanoma, que se assinala em Portugal a 20 de maio, mais de 1.300 pessoas foram rastreadas e foram detetados 6% de cancros de pele e 15% de lesões pré-cancro de pele.
O presidente da APCC afirma que o que todos os anos, nas semanas seguintes a este tipo de sensibilização, “há um acréscimo muito significativo de solicitações, consultas e tratamentos de cancros de pele, o que significa que as pessoas estavam esquecidas”.
“É por isso que tem de ser lembrado, todos os anos e ao longo do ano (…) É um cuidado para toda a vida, como o cuidado dos dentes”, afirmou o responsável, sublinhando a necessidade de fazer autoexame e o mapeamento dos sinais.
A APCC estima que este ano sejam diagnosticados mais de 13.000 novos casos de cancro da pele, que mais de 1.000 sejam novos casos de melanoma e sublinha que, seguindo as orientações da Direção-Geral da Saúde, uma vez que os rastreios presenciais estão limitados por causa da pandemia de covid-19, desenvolveu ferramentas de autoexame que ajudam as pessoas a distinguir os sinais benignas dos outros e que podem ser consultadas no seu ‘site’ (www.apcancrocutaneo.pt).
Consultando o ‘site’, lê-se que “as pessoas podem ter acesso a como diagnosticar as lesões pré-cancro de pele e cancro de pele e a distinguir os sinais benignos, sem risco, que felizmente são a maioria”.
Osvaldo Correia frisando que, na dúvida, a pessoa deverá sempre consultar o seu médico assistente, seja ele dermatologista ou médico de família.
“Desde março que estimulamos as pessoas a fazerem autoexame em família, verificando todas as partes do corpo, e a fotografar os sinais, ver se há modificações. (…) Todos temos sinais, à medida que envelhecemos temos mais, mas na sua maioria são benignos”, acrescentou.
“Nesta altura, em que [por estarmos há tanto tempo confinados] todos estamos desejosos de voltar ao sol, há muita gente a fazer desporto ao ar livre e, com dias nublados e temperatura amena, as pessoas esquecem-se que os raios UV estão elevados”, recorda o dermatologista, frisando: “agora já temos dias mais longos e podemos usufruir, mas não nas alturas piores, e com roupa e proteção adequada”.
Os cancros da pele mais frequentes são o melanoma (o mais perigoso), o carcinoma basocelular (o mais comum e o menos perigoso) e o carcinoma espinocelular (o segundo cancro de pele mais comum).
LUSA/HN
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