Fundação “La Caixa”distingue dois projetos portugueses na luta contra a pandemia

20 de Maio 2020

A fundação espanhola “La Caixa” atribuiu 1,8 milhões de euros a seis projetos de investigação e inovação para combater a covid-19, entre eles os apresentados por uma universidade de Lisboa e uma empresa de Matosinhos.

O primeiro dos projetos portugueses é da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, onde a investigadora Helena Florindo e a sua equipa desenvolveram uma nano-plataforma vacinal “altamente eficaz” para a estimulação da produção de anticorpos contra o cancro.

“Esta abordagem já demonstrou que aumenta a produção de anticorpos que podem bloquear a entrada do vírus, estimulando a imunidade. Com base nestas provas, está prevista uma vacina eficaz e segura contra a covid-19”, sublinha a fundação “La Caixa” em comunicado de imprensa.

A instituição que é a principal acionista do CaixaBanK, que em Portugal é dono do BPI, também escolheu um projeto do Centro de Engenharia e Desenvolvimento, uma pequena e média empresa (PME) de Matosinhos, dirigido por Tiago Rebelo, que desenvolveu um novo respirador mecânico invasivo que oferece “uma solução de baixo custo, fácil de montar e produzida localmente”.

Para além dos dois projetos selecionados em Portugal há também quatro que foram escolhidos em Espanha: três localizados na comunidade autónoma de Madrid (CNIO, Instituto de Saúde Carlos III e CSIC) e um na comunidade de Valência (Fundação Universidade Católica de Valência San Vicente Mártir).

“Esperamos que estes novos projetos contribuam para pôr fim a esta doença [covid-19], que está a ter efeitos devastadores em todo o mundo, bem como para estarmos mais preparados para os desafios de hoje e do futuro”, afirmou, citado no comunicado de imprensa, o diretor para a Investigação e Estratégia da fundação bancária “La Caixa”, Ángel Font.

A iniciativa do programa conhecido como CaixaImpulse destina-se exclusivamente a trabalhos que proporcionam soluções para a emergência sanitária causada pela covid-19.

O objetivo foi apoiar projetos que abrissem novas formas de combater a pandemia, seja através de vacinas, tratamentos ou instrumentos de diagnósticos eficazes.

O programa recebeu inicialmente, numa fase de seleção que encerrou em 15 de abril último, um total de 349 projetos de inovação de Espanha e Portugal ligados à epidemia, em apenas 21 dias, multiplicando por dez o número de interessados em relação a uma convocatória normal.

As propostas foram apresentadas por 222 centros de investigação, hospitais, universidades e parques tecnológicos dos dois países, entre eles 44 em Portugal.

LUSA/HN

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