“Hoje em dia, chegam-nos pessoas totalmente dependentes, não só no aspeto físico como psicológico e, no campo das demências, a doença de Alzheimer é a mais significativa. Daí a ideia de criar uma unidade para apoiar a grande quantidade de doentes na nossa zona”, explicou à agência Lusa o provedor da Misericórdia de Alcácer do Sal, Fernando Reis.
O projeto de construção da estrutura residencial para idosos (ERPI), que conta com um financiamento comunitário de 750 mil euros, prevê a reabilitação de um edifício “antigo e devoluto” no “campus” onde “existiam as velhas camaratas” da Misericórdia de Alcácer do Sal, no litoral alentejano.
A futura unidade especializada em demência e total dependência, segundo o provedor, “requer recursos humanos muito mais especializados, a formação é diferente das restantes ERPI e as equipas técnicas têm de ser multifuncionais para garantir a resposta adequada aos utentes”.
De acordo com Fernando Reis, o projeto permite a criação de cerca de 40 postos de trabalho.
“Estes trabalhadores têm de ser valorizados monetariamente, porque desempenham uma função que deve ser mais bem paga e, independentemente, do vírus da covid-19, defendo que as pessoas que trabalham nestas valências têm de ver os seus vencimentos melhorados”, considerou.
O projeto de recuperação do edifício e a sua transformação em ERPI conta ainda com um apoio de 275 mil euros de uma candidatura que foi apresentada ao Fundo Dona Leonor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A obra, que vai permitir ganhos na eficiência energética, tem um prazo de execução de um ano, estando prevista a sua entrada em funcionamento em 2021.
LUSA/HN
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