Embora nem todos os países nórdicos tenham fechado as suas escolas primárias em meados de março, quando foram decretadas as primeiras medidas restritivas para o coronavírus, decidiram, exceto a Islândia, que os institutos e as universidades continuam fechados, com exceção de laboratórios e trabalhos de campo.
A Islândia iniciou a primeira fase do desconfinamento em 04 de maio com a retomada da vida pública, que incluiu uma lenta reabertura e gradual das universidades.
Os sete campos da Universidade da Islândia estão abertos desde então, mas com algumas restrições, devido às regras de higiene e distanciamento social, bem como a concentração de pessoas em espaços públicos.
Na Dinamarca, de acordo com o plano de normalização apresentado pela primeira-ministra, Mette Frederiksen, a sua abertura está incluída na quarta fase, prevista para agosto, embora ainda não tenha sido especificada uma data.
A boa evolução da epidemia na Dinamarca e a pressão da oposição fizeram com que Frederiksen anunciasse uma expansão da segunda fase, o que inclui a abertura total de atividades de investigação que requerem presença física, o que será permitido a partir de quarta-feira, além de aulas e exames orais em algumas disciplinas e o retorno ao local de trabalho dos funcionários das universidades, exceto em Copenhaga e na sua área de influência, uma vez que é o principal centro da epidemia no país.
A Finlândia prepara-se para reabrir o ensino universitário em setembro, mas existe uma grande incerteza sobre se o próximo ano letivo começará normalmente ou se as atuais restrições serão mantidas, embora a melhoria da situação nas últimas semanas permita algum otimismo.
Em meados de maio, o Governo ordenou a reabertura de escolas e jardins-de-infância, mas recomendou que todas as universidades e outras instituições de ensino superior continuassem com a educação à distância, pelo menos até ao início do próximo ano letivo.
Na Noruega, várias universidades, como a de Oslo e a de Trondheim, continuarão a ensinar ‘online’ no outono e já suspenderam os programas de intercâmbio para estudantes estrangeiros no primeiro semestre, enquanto outras o fizeram apenas com estudantes de fora da Europa.
No entanto, desde finais de abril que é permitido o acesso a laboratórios e a instalações de ensaios, desde que seja “absolutamente necessário” para completar a educação e se for aceitável de acordo com as regras sanitárias, em assuntos artísticos, ciência, tecnologia, saúde, ‘design’ e audiovisuais.
Por fim, nas universidades suecas vive-se uma situação de incerteza, uma vez que permanecem fechadas, desde o dia 18, por recomendação das autoridades.
Universidades, como as de Estocolmo ou de Uppsala, mantêm o ensino à distância até 30 de agosto e ainda não tomaram uma decisão sobre o próximo ano, embora tenham demonstrado o desejo de reabrir portas no outono.
Outras universidades prolongaram o ensino pela internet, como a de Gotemburgo (até 31 de outubro) e a de Malmoe (até 08 de novembro).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 335 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
LUSA/HN
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