EasyJet anuncia despedimento de 4.500 trabalhadores

28 de Maio 2020

A companhia aérea britânica easyJet anunciou esta quinta-feira a redução de 4.500 postos de trabalho, quase um terço dos seus efetivos, para lidar com o choque da pandemia de Covid-19.

Com este anúncio, a empresa junta-se assim aos seus concorrentes British Airways, Ryanair ou Virgin Atlantic, que anunciaram recentemente cortes de empregos.

A easyJet, cuja atividade está parada há semanas, diz que desta forma pretende preservar as suas finanças e adaptar-se ao tráfego aéreo mais fraco por um longo período.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à Bolsa de Londres, a companhia aérea com sede no aeroporto de Luton, em Londres, indicou que terá uma frota menor e que o processo de consulta com os funcionários começará nos próximos dias.

A empresa informou que tomará medidas “decisivas” para reduzir custos em vários setores de sua atividade, como nos aeroportos, manutenção e equipamentos comerciais.

“Percebemos que estes são tempos muito difíceis e precisamos de considerar decisões muito difíceis que terão impacto sobre as pessoas, mas queremos proteger o maior número possível de empregos a longo prazo”, disse o diretor executivo da empresa, Johan Lundgren.

O responsável acrescentou que a companhia aérea está focada em fazer o que é melhor para o seu sucesso “a longo prazo”.

Johan Lundgren reiterou que a easyJet voltará a voar a 15 de junho, com um número reduzido de rotas, e que espera que a procura aumente pouco a pouco, mas estima que os níveis que a companhia aérea atingiu em 2019 só serão vistos novamente dentro de três anos.

Nesta situação, “estamos a planear reduzir o tamanho da nossa frota e otimizar a rede e as nossas bases”, acrescentou.

A easyJet parou a sua frota de aeronaves em março passado, quando as fronteiras internacionais começaram a fechar para conter a pandemia de Covid-19.

Os últimos dados indicam que a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 352 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

LUSA/ HN

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