China deixa de exigir teste de ácido nucleico a passageiros oriundos de Portugal

China deixa de exigir teste de ácido nucleico a passageiros oriundos de Portugal

“Face ao desenvolvimento da situação epidémica e à necessidade de facilitar as trocas de pessoal, a partir de 15 de março de 2023, os passageiros dos voos diretos de Portugal para a China estão autorizados a usar testes antigénio (incluindo autoteste), em vez de testes de ácido nucleico”, lê-se no comunicado, publicado em chinês, no portal da embaixada.

Portugal integra assim uma lista de 32 países a partir de onde não é preciso mais apresentar um teste PCR negativo para o vírus ao embarcar para a China.

Na sexta-feira passada as autoridades chinesas incluíram também Portugal num segundo lote de países para onde vão permitir a realização de viagens de turismo em grupo.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia. A partir de 15 de março, os turistas chineses que viajarem em grupos organizados poderão visitar mais 40 países, incluindo ainda Brasil, França ou Espanha.

Segundo dados facultados à Lusa por Tiago Brito, o representante permanente do Turismo de Portugal na China, mais de 385 mil chineses visitaram Portugal em 2019, o ano antes da pandemia. Os turistas oriundos da China gastaram, no total, 224 milhões de euros no país, um crescimento de 20%, face a 2018.

A China, o maior emissor de turistas do mundo, manteve as fronteiras encerradas durante quase três anos, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, que foi desmantelada, em dezembro passado, após protestos ocorridos em várias cidades do país.

No âmbito daquela política, quem chegava ao país tinha que cumprir um período de quarentena de até três semanas em instalações designadas. O número de voos internacionais foi reduzido até 2% face ao período anterior à pandemia.

A ligação aérea entre Portugal e a China passou a ser feita apenas uma vez por semana. Até ao início da pandemia, o voo realizava-se três vezes por semana.

LUSA/HN

Uso de máscara deixa de ser obrigatório nas viagens aéreas brasileiras

Uso de máscara deixa de ser obrigatório nas viagens aéreas brasileiras

As máscaras nos aviões e aeroportos foram obrigatórias entre março de 2020 e agosto de 2022, quando a pandemia parecia estar a diminuir no Brasil, mas foram novamente impostas em novembro passado, após um pico no número de infeções.

Hoje, numa decisão que sublinhava a importância das máscaras na prevenção de uma maior propagação do coronavírus, a Anvisa decidiu suspender novamente a exigência.

“De acordo com a medida, o uso passará a ser uma recomendação e não mais uma obrigatoriedade”, lê-se no comunicado.

O Brasil tem sido um dos países mais duramente atingidos no mundo pela pandemia, que até agora, três anos após o primeiro caso, causou a morte de cerca de 699.000 brasileiros e 37 milhões de infeções.

A decisão da Anvisa sobre as máscaras nos aeroportos e nos aviões coincidiu com o início de uma vasta nova campanha de vacinação promovida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse em 01 de Janeiro.

Entre os alvos do novo Governo encontram-se pessoas que ainda não completaram o calendário de vacinação.

Menos de 50% dos 210 milhões de brasileiros receberam as três doses que, segundo o Ministério da Saúde, é o que garante os níveis “mínimos necessários” de proteção.

Na nova campanha, serão administradas vacinas bivalentes, que oferecem maior proteção contra as variantes mais recentes do vírus, e, na primeira fase, serão visadas pessoas com mais de 70 anos de idade, residentes em lares de idosos, indígenas e pessoas que sofrem de alguma forma de imunossupressão.

LUSA/HN

“Não deve haver hesitação” no controlo de passageiros

“Não deve haver hesitação” no controlo de passageiros

A atividade viral na China “faz aumentar a probabilidade de surgirem novas variantes e subvariantes que podem eventualmente constituir perigo e prolongar a pandemia. Não quero dizer com isto que seja uma probabilidade elevada, é apenas uma probabilidade acrescida”, adiantou à agência Lusa o especialista em bioquímica do Instituto de Medicina Molecular (iMM) da Universidade de Lisboa.

A China está a enfrentar uma onda de infeções pelo coronavírus que provoca a doença covid-19 sem precedentes desde que, recentemente, as autoridades decidiram abandonar a chamada política “covid zero”.

Essa situação “não representa um enorme risco, mas não são boas notícias para quem anseia pelo fim da pandemia”, sublinhou Miguel Castanho, para quem o aumento de infeções está relacionado “muito especificamente com o contexto local chinês”.

O investigador lembrou que a China fez confinamentos “duríssimos, de extremo rigor, e usou uma vacina de baixa eficácia”, o que fez com que a falta de proteção imunológica da população seja “quase total”.

Perante isso, os riscos para uma “Europa vacinada” passam por não conseguir fazer decrescer o número de casos e de vítimas abaixo de um determinado limiar, porque existe uma circulação persistente de vírus a partir de outras regiões geográficas, mas também pelo surgimento de variantes ou subvariantes que escapem, total ou parcialmente, à imunidade conferida pelas vacinas e por infeções anteriores, alertou o especialista do iMM.

Para Miguel Castanho, o controlo de passageiros oriundos da China, já anunciado por vários países, constitui “uma medida típica nestes casos que não deve surpreender”.

Quando existe uma “grande discrepância na situação epidemiológica de duas regiões é natural que se adotem medidas de proteção da região em melhor situação”, avançou o investigador, ao recordar que o “controlo do estado de saúde de passageiros foi uma constante, inclusive entre países europeus, durante a pandemia”.

“Não há razão para abrir uma exceção neste caso. Mesmo para os cidadãos chineses, acabados de sair da política `covid zero´, esta medida é um pequeno preço a pagar pela retoma da sua mobilidade internacional. Não deve haver hesitação na adoção de medidas de controlo de passageiros”, referiu Miguel Castanho.

Na terça-feira, o ministro da Saúde assegurou que “tudo estará preparado” para, em caso de necessidade, serem adotadas medidas de controlo da covid-19 em Portugal, nomeadamente nos aeroportos para viajantes oriundos da China.

“Tudo estará preparado para, se e quando for necessário, adotarmos as medidas de controlo que venham a ser julgadas necessárias”, assegurou Manuel Pizarro.

A China anunciou no final de dezembro que vai reabrir as suas fronteiras a 08 de janeiro, pela primeira vez desde março de 2020, o que fez com que vários países decidissem nos últimos dias exigir que os viajantes oriundos da China tivessem um teste negativo à covid-19 para entrar nos seus territórios.

Um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde indica que, entre 05 de dezembro e 01 de janeiro, foram registados mais de 14,5 milhões de casos de infeção e mais de 46 mil novas vítimas mortais a nível global, que representam um aumento de 25% e 21%, respetivamente, face aos 28 dias anteriores.

Desde o início da pandemia até 01 de janeiro, foram confirmados mais de 656 milhões de casos de covid-19 no mundo, que resultaram em cerca de 6,6 milhões de mortes, adiantou a organização.

A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.

LUSA/HN

Bélgica adota recomendação da UE e exige teste a viajantes da China

Bélgica adota recomendação da UE e exige teste a viajantes da China

Esta exigência por parte da Bélgica deverá ser apenas para aqueles que chegam desde voos diretos provenientes do país asiático, noticiou a agência Efe.

Na segunda-feira, o ministro da Saúde belga, Frank Vandenbroucke, tinha anunciado que a Bélgica iria intensificar a vigilância contra a propagação da covid-19, mas referiu que não tinha intenção de obrigar os viajantes deste país a fazerem testes antes de embarcarem no avião.

Vandenbroucke enfatizou na altura que, no entanto, era necessária uma posição comum em toda a UE para que fizesse sentido exigir tal restrição.

Esta “coordenação” foi esta quarta-feira adotada a nível europeu, numa reunião do grupo de Resposta Política Integrada à Crise (IPCR), na qual participaram instituições comunitárias e outros especialistas para além dos Estados-membros.

Na decisão sobre a testagem a viajantes oriundos da China, é referido que “os Estados-membros são fortemente encorajados a introduzir, para todos os passageiros que partem da China para os Estados-Membros, a exigência de um teste covid-19 negativo realizado até 48 horas antes da partida”.

Foram também estabelecidas outras recomendações que caberá a cada país aplicar: o uso obrigatório de máscara para os viajantes provenientes da China, testes aleatórios à chegada ou mesmo o controlo de águas residuais de aeroportos e aviões provenientes da China.

No comunicado divulgado no final da reunião do IPCR, os Estados-membros comprometeram-se ainda a “emitir recomendações aos viajantes internacionais que chegam e saem com origem ou destino à China” e ao pessoal das aeronaves e aeroportos, em relação às medidas de higiene pessoal e saúde.

O governo chinês, que advertiu com “contramedidas”, e especialistas em saúde europeus, defenderam que não há uma necessidade urgente de restrições gerais às viagens, uma vez que as variantes da covid-19 emergentes da China já são predominantes na Europa.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo, que representa cerca de 300 companhias aéreas em todo o mundo, juntou-se aos protestos contra as restrições.

Desde que foi tornado público o aumento dos casos de covid-19 na China, diversos membros do bloco comunitário reimpuseram o controlo de viajantes procedentes da China, como a Itália, Espanha ou França.

Em Portugal, o ministro da Saúde assegurou esta terça-feira que “tudo estará preparado” para, em caso de necessidade, serem adotadas medidas de controlo da covid-19 em Portugal, nomeadamente nos aeroportos para viajantes oriundos da China.

LUSA/HN

UE encoraja Estados-membros a imporem testes a passageiros oriundos da China

UE encoraja Estados-membros a imporem testes a passageiros oriundos da China

Após uma semana de negociações entre especialistas em saúde da UE, não foi alcançado um acordo para que os 27 Estados-membros adotassem restrições, mas foram decididas outras recomendações que caberá a cada país aplicar: o uso obrigatório de máscara para os viajantes provenientes da China, testes aleatórios à chegada ou mesmo o controlo de águas residuais de aeroportos e aviões provenientes da China.

Embora o organismo europeu tenha referido, em comunicado, que os Estados-membros concordaram com uma “abordagem preventiva coordenada”, parte da posição ficou aquém de um acordo total.

Na decisão sobre a testagem a viajantes oriundos da China, é referido que “os Estados-membros são fortemente encorajados a introduzir, para todos os passageiros que partem da China para os Estados-Membros, a exigência de um teste covid-19 negativo realizado até 48 horas antes da partida”.

No comunicado divulgado no final da reunião do Grupo de Resposta Política Integrada a Crises (IPCR), os Estados-membros comprometeram-se ainda a “emitir recomendações aos viajantes internacionais que chegam e saem com origem ou destino à China” e ao pessoal das aeronaves e aeroportos, em relação às medidas de higiene pessoal e saúde.

Este grupo também se comprometeu a continuar a monitorizar a situação epidemiológica na UE e na China, para assegurar a coordenação europeia de quaisquer medidas consideradas necessárias.

O governo chinês e especialistas em saúde europeus defenderam que não há uma necessidade urgente de restrições gerais às viagens, uma vez que as variantes da covid-19 emergentes da China já são predominantes na Europa.

A China rejeitou veementemente a imposição de restrições, como as adotadas pela Itália, França ou Espanha dentro da UE, e alertou para “contramedidas” caso tais políticas fossem impostas em todo o bloco.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo, que representa cerca de 300 companhias aéreas em todo o mundo, juntou-se aos protestos.

“É extremamente dececionante ver este restabelecimento instintivo de medidas que se mostraram ineficazes nos últimos três anos”, destacou o diretor-geral da associação, Willie Walsh.

Desde que foi tornado público o aumento dos casos de covid-19 na China, diversos membros do bloco comunitário reimpuseram o controlo de viajantes procedentes da China, embora outros, como a Bélgica, tenham optado por não exigir aos viajantes desse país a realização de um teste.

Em Portugal, o ministro da Saúde assegurou esta terça-feira que “tudo estará preparado” para, em caso de necessidade, serem adotadas medidas de controlo da covid-19 em Portugal, nomeadamente nos aeroportos para viajantes oriundos da China.

O número de casos de covid-19 atingiu um nível recorde na China continental, com um pico em 02 de dezembro de 2022 e nas últimas três semanas, a incidência diminuiu, provavelmente também devido a um mais pequeno número de testes realizados, resultando em menos infeções sendo detetadas, segundo o ECDC.

Após restrições rigorosas de viagem no auge da pandemia, a UE regressou este outono a um sistema pré-pandemia de viagens livres, mas os países-membros concordaram que um “travão de emergência” pode, se necessário, ser ativado num curto período de tempo para enfrentar um desafio inesperado.

LUSA/HN