Segundo o plano que estima a capacidade potencial de ocupação das praias, divulgado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Praia da Rocha, em Portimão, tem capacidade para 8.800 pessoas, embora seja indicada como uma praia suscetível de eventuais problemas de lotação.
Questionada pela agência Lusa sobre os eventuais problemas de lotação referidos no documento, Isilda Gomes afirmou que esse indicador apenas alerta para a possibilidade de a capacidade da praia ser ultrapassada em determinados momentos, “dado tratar-se de uma praia urbana, onde é mais fácil que isso aconteça”.
“Não estou preocupada, porque se chegarmos a uma determinada altura em que verificamos que o espaço sobrante é muito e que permite que tenhamos mais pessoas, a APA está disponível para alterar, desde que se demonstre que há capacidade para receber mais pessoas”, apontou.
Isilda Gomes (PS) frisou que “a capacidade prevista é indicativa e permite ter praias seguras”, notando que essa capacidade de utentes nas praias “foi estimada de acordo com a área dos areais” e que não existe, em Portimão, “qualquer oposição ao que foi apurado”.
Segundo Isilda Gomes, “as previsões e as contas que foram feitas tiveram em conta a segurança das pessoas e a manutenção das distâncias de segurança”, pelo que é o “bom senso que tem de prevalecer”, ou seja, “fazer praia, mas em segurança”.
“Infelizmente, também não estou à espera de ter uma enchente de turistas, o que é uma pena, mas certamente que este ano a enchente não vai chegar ao Algarve, nem a Portimão”, concluiu.
No barlavento (oeste) algarvio, a Praia da Rocha, com lotação indicativa de 8.800 pessoas e 12 unidades balneares, é o areal vigiado com maior capacidade de ocupação, seguida da Meia Praia Nascente, em Lagos, com capacidade prevista para 8.700 pessoas.
Seguem-se as praias de Alvor, também no concelho de Portimão, com potencial capacidade para 4.200 pessoas e a Praia da Rocha Baixinha Nascente, no concelho de Albufeira, com capacidade indicativa para 3.400 utentes.
A APA publicou na quarta-feira a capacidade potencial de ocupação das praias das regiões do Algarve e Tejo/Oeste, tendo em conta que o dia 06 de junho marca o início da época balnear, conforme determinação do Governo no âmbito da pandemia da Covid-19, cabendo à APA o apuramento da capacidade das praias.
Em resposta à agência Lusa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela a APA, explicou hoje que a divulgação feita da capacidade das praias em contexto da pandemia da Covid-19 integra “uma consulta informal, logo vai sofrer alterações com base nos contributos recebidos”, reforçando que se trata de “um documento em mutação”.
LUSA/HN
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