Segundo o INE, estes valores representam, relativamente a 2016-2018, um aumento de cerca de dois meses de esperança de vida para os homens e de um mês para as mulheres, refletindo uma subida dos ganhos de longevidade relativamente a 2016-2018 (0,48 meses para homens e 0,24 para mulheres).
No espaço de uma década – e ainda de acordo com as tábuas de mortalidade para Portugal por sexo e para o total da população residente – verificou-se um aumento de 1,99 anos de vida para o total da população, ou seja, 2,11 anos para os homens e 1,64 anos para as mulheres.
Contudo, enquanto nas mulheres esse aumento resultou sobretudo da redução na mortalidade em idades iguais ou superiores a 60 anos, nos homens esse acréscimo foi maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos.
Simultaneamente, e de acordo com os dados hoje divulgados, a esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,61 anos para o total da população.
Assim, aos 65 anos os homens podem esperar viver mais 17,70 anos e as mulheres mais 21 anos, o que representa ganhos de 1,22 anos (homens) e de 1,26 anos (mulheres) nos últimos 10 anos.
Os dados INE confirmam que as mulheres continuam a viver mais anos do que os homens. Contudo, a expectativa de vida de homens e de mulheres tem vindo a aproximar-se, com os maiores ganhos a registarem-se na população masculina.
“Nos últimos 10 anos, a diferença na esperança de vida à nascença de homens e mulheres diminuiu de 6,03 para 5,56 anos”, diz o INE.
Paralelamente, para o período 2017-2019 estima-se que 37,6% dos nados-vivos do sexo masculino e 58,6% dos nados-vivos do sexo feminino sobrevivam à idade de 85 anos se sujeitos ao longo das suas vidas às condições de mortalidade específicas por idade observadas neste período.
“Para o período 2007-2009, estes valores eram, respetivamente, 29,9% e 50,6%, para homens e mulheres”, indica o INE.
Por outro lado, no período 2017-2019, a maioria dos óbitos (65,8%) ocorreu em idades iguais ou superiores a 80 anos, tendo sido neste grupo etário que se concentraram aproximadamente metade dos óbitos masculinos (55,7%) e três quartos dos óbitos femininos (75,4%).
A idade mais frequente ao óbito para homens foi 86 anos e para as mulheres 88 anos, quando há 10 anos era 85 anos para os homens e 87 anos para as mulheres.
LUSA/HN
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