Nova Zelândia decreta em junho erradicação de contágios no país

4 de Junho 2020

O país registou o último contágio no dia 22 de maio - uma pessoa que esteve em contacto com um "foco identificado" - e cumpre hoje o 13.º dia consecutivo sem novos casos de covid-19.

A Nova Zelândia, país que tem sido apontado internacionalmente como exemplar no combate à pandemia de covid-19, prevê decretar a “erradicação da doença” no país no próximo dia 15 de junho, disseram hoje fontes do Ministério da Saúde de Wellington.

No dia 27 de maio os médicos deram alta hospitalar ao último paciente que se encontrava internado com covid-19 estando apenas uma pessoa em situação de isolamento.

Um porta-voz do Ministério da Saúde disse que as autoridades têm como referência o dia 18 de maio, altura em que terminou o tratamento do último caso de infeção por “fonte desconhecida”.

Assim, no próximo dia 15 de junho cumprem-se os 28 dias de alta do último caso de contágio sem rastreio – detetado no dia 29 de abril – estando as autoridades em condições de afirmar a erradicação do vírus no país.

Mesmo assim, a eliminação do coronavírus na Nova Zelândia não tem “data fixa” nem significa a erradicação “permanente” no país disse a mesma fonte.

“Trata-se da eliminação da cadeia de transmissão na nossa comunidade em, pelo menos, 28 dias. Podemos conter efetivamente qualquer futuro caso importado do estrangeiro”, precisou o mesmo responsável.

Na Nova Zelândia, país insular na Oceânia, morreram 22 pessoas de covid-19 e foram registados 1.154 casos de contágio.

“A Nova Zelândia está numa posição que muitos países invejam”, disse hoje numa conferência de imprensa o diretor-geral da Saúde neozelandês, Ashley Bloomfield, durante uma conferência de imprensa em Wellington.

O mesmo responsável acrescentou que é preciso manter as medidas de precaução porque a pandemia continua fora de controlo em muitos países, a nível mundial.

O governo de Wellington decretou em finais de abril o nível máximo de alerta contra a pandemia que incluiu o confinamento absoluto e paragem total das atividades económicas.

Na próxima segunda-feira, o executivo pode anunciar a passagem à segunda fase de desconfinamento que prevê o levantamento de praticamente todas as restrições impostas anteriormente, mas vai manter as fronteiras encerradas, até nova ordem.

NR/HN/Lusa

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