As novas recomendações sobre o uso e tipo de máscaras foram divulgadas em videoconferência de imprensa a partir da sede da OMS, em Genebra, na Suíça, e tiveram por base a “revisão das provas” científicas e a “consulta de especialistas”, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
De acordo com a OMS, as máscaras de tecido, para uso generalizado pela população, devem ter três camadas de materiais para funcionarem como “uma barreira”, para impedirem que gotículas contaminadas infetem as pessoas.
O tecido exterior da máscara deve ser “tipo poliéster” e o interior um “material filtrante”, não especificado. A camada intermédia de tecido deve ser um “material absorvente”, que também não foi precisado.
A OMS aconselha o uso de máscaras de tecido quando há “transmissão disseminada” da infeção e quando é difícil manter o distanciamento físico, como os “ambientes fechados”, dando como exemplo os transportes públicos.
A utilização da máscara deve ser acompanhada por outras medidas, como a higienização das mãos e o distanciamento físico, quando possível, uma vez que as máscaras, por si só, “não protegem” as pessoas da covid-19, alertou o diretor-geral da OMS.
Tedros Adhanom Ghebreyesus assinalou que as máscaras são “úteis” e fazem “parte de uma estratégia mais abrangente”, que inclui o rastreio, isolamento e tratamento de doentes e a quarentena de contactos próximos de doentes.
Quanto às máscaras cirúrgicas, a OMS recomenda o seu uso por doentes, profissionais de saúde e cuidadores.
Os profissionais de saúde devem utilizar a máscara mesmo quando não estão a tratar doentes com covid-19 (por exemplo quando um médico visita unidades de cardiologia ou de cuidados intensivos de um hospital).
Mas, no caso de os profissionais de saúde acompanharem doentes com covid-19, a máscara cirúrgica deve ser usada em complemento com outros equipamentos de proteção individual, como viseiras e luvas.
O recurso a máscaras respiratórias “é necessário” nos procedimentos clínicos que geram a formação de aerossóis.
A OMS defende, ainda, que as pessoas com 60 ou mais anos e ou com outras doenças devem usar máscara cirúrgica em situações em que “não for possível manter o distanciamento físico”, sublinhou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia da covid-19 já provocou perto de 391 mil mortos e infetou mais de 6,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.465 pessoas das 33.969 confirmadas como infetadas, e há 20.526 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A covid-19, uma doença respiratória infecciosa, é causada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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