O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca sondou a rival americana Gilead Sciences para uma possivel megafusão dos dois laboratórios, que estão entre os que lideram as pesquisas sobre a COVID-19, informou a agência financeira Bloomberg.

A AstraZeneca entrou em contato com a Gilead no mês passado, de acordo com agência, que citou fontes próximas  do processo, segundo as quais as duas empresas não iniciaram negociações formais.

O grupo britânico, procurado pela AFP, não comentou a notícia.

Um medicamento antiviral da Gilead, o remdesivir, demonstrou eficácia no tratamento de pacientes com coronavírus gravemente doentes. Já a AstraZeneca está a realizar, em parceria com a Universidade de Oxford, testes clínicos de uma promissora vacina para a COVID-19, que poderá estar pronta em setembro.

De acordo com a Bloomberg, o valor dos dois grupos alcançaria o recorde de 236 bilhões de dólares, tendo como referência as avaliações das empresas no fecho da Bolsa na passada sexta-feira.

Entretanto As ações da AstraZeneca caíam 2,5% em Londres, com os investidores a questionaram a lógica do acordo

Se for concretizada, esta seria a fusão mais importante da história do setor farmacêutico.

Analistas prevêm problemas 

pese o interesse manifestado pela Astrazeneca, analistas mostram-se cépticos com a possibilidade de o negócio chegar a bom porto.

A oposição política tanto dos governos do Reino Unido quanto dos EUA poderia impedir qualquer tentativa de acordo, especialmente no contexto do surto de Covid-19, apontam os analistas. O momento do negócio também é questionável, pois, embora a Gilead esteja bem posicionada a nível de pipeline contra o Covid 19, a verdade é que a AstraZeneca está ainda melhor posicionada, com uma vacina experimentas em fase de teste e um grande número de projetos a decorrer.

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