“Estamos preocupados com a qualidade dos cuidados de saúde e com as condições de trabalho dos profissionais”, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Fernando Mendes Parreira.
Em comunicado, o SIPEnf manifesta “apreensão e solidariedade para com os utentes e enfermeiros” do Hospital Geral, na margem sul do rio Mondego, mais conhecido por Hospital dos Covões.
Rejeitando a “perda de identidade” da urgência da unidade, integrada há alguns anos no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o sindicato alerta que a alteração do seu funcionamento, passando a “nível básico” no dia 01 de julho, “diminuirá a oferta de cuidados diferenciados de saúde à população”.
“A resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia em Coimbra centrou-se no Hospital dos Covões, com o esforço dos seus profissionais, em particular enfermeiros, que dia após dia se apresentaram na conhecida ‘linha da frente’ para dar resposta a este exigente desafio, mediante prestação de cuidados de saúde de qualidade”, enfatiza o SIPEnf.
Na terça-feira, às 10:30, segundo Fernando Mendes Parreira, esta é uma das organizações que participam num “cordão solidário” de apoio aos profissionais e utentes, em que cidadãos e diversas entidades manifestarão desagrado por decisões para aquele hospital tomadas pela administração do CHUC, presidida pelo professor de Medicina Fernando Regateiro.
“Estaremos atentos a todas as situações que possam causar obstáculos ao desempenho laboral de excelência dos enfermeiros e salvaguarda dos seus direitos”, refere na nota o Sindicato Independente Profissionais Enfermagem.
Uma petição ‘online’, entretanto encerrada, reuniu mais de 4.550 assinaturas até domingo.
No “cordão solidário”, nos Covões, vão estar representados o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas, o Sindicato da Hotelaria do Centro e a União dos Sindicatos de Coimbra.
A Ordem dos Médicos e o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) associam-se igualmente à iniciativa, durante a qual será repudiada “mais esta decisão de ataque visível ao SNS”, que teve como principal impulsionador, em 1979, o histórico socialista de Coimbra António Arnaut, que morreu há dois anos, em 21 de maio de 2018.
LUSA/HN
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