João Leão ‘o artífice das cativaçoes’ sucede a Centeno

9 de Junho 2020

João Leão, doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), apontado como o ‘artífice das cativações’, vai ser o novo ministro das Finanças, substituindo Mário Centeno.

Natural de Lisboa, João Leão tem 46 anos, e integrou a equipa inicial de Mário Centeno no Ministério das Finanças, como secretário de Estado do Orçamento.

Neste cargo, João Leão foi o braço direito de Mário Centeno no desenho de uma política orçamental que fez com que Portugal registasse em 2019 o primeiro excedente orçamental da democracia.

Apontado por alguns como o ‘artífice das cativações’, João Leão chega à cadeira até aqui ocupada pelo ‘Ronaldo das Finanças’ no dia em que o Governo aprova o primeiro Orçamento Suplementar desde 2015.

O sucessor de Mário Centeno assume as novas funções num momento em que a economia se depara com uma queda sem precedentes desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial, devido ao impacto da covid-19.

João Leão é professor de Economia no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, mas os corredores do Governo não lhe são estranhos.

Antes da sua chegada ao Ministério das Finanças, em 2015, foi diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia, entre 2010 e 2014, tendo-se cruzado com Álvaro Santos Pereira.

Entre 2009 e 2010 foi assessor do secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento.

O novo ministro das Finanças tem uma vasta carreira académica, tendo desempenhado funções de presidente da Comissão Científica do Departamento de Economia do ISCTE entre 2009 e 2010 e de diretor do Doutoramento em Economia (2011-2012).

É ainda, segundo indica a nota biográfica publicada no Portal do Governo, investigador da Business Research Unit do mesmo instituto.

João Leão foi ainda membro do Conselho Económico e Social entre 2010 e 2014 e do Conselho Superior de Estatística entre 2010 e 2014. Integrou, além disso, a delegação portuguesa no Comité de Política Económica da OCDE em 2010 e 2012 e grupos de trabalho no âmbito da OCDE.

LUSA/HN

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