Os 22 migrantes, oriundos do Norte de África, que foram detetados ao largo de Quarteira, Faro, vão ser hoje presentes ao Tribunal Judicial de Loulé para aplicação de medidas de coação, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Em comunicado, o SEF adianta que os 22 migrantes, detetados na segunda-feira na praia de Vale de Lobo, no Algarve, “serão hoje presentes ao Tribunal Judicial de Loulé para aplicação de medidas de coação, com vista à instauração de processos de afastamento coercivo por permanência irregular em território nacional”.
De acordo com a nota, os migrantes, todos do sexo masculino, estiveram durante o dia de segunda-feira à guarda do SEF, que desenvolveu os procedimentos para apurar as suas identidades, uma vez que chegaram sem documentos.
O grupo foi transferido na noite passada para postos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e esquadras da Polícia de Segurança Pública (PSP) do distrito de Faro, onde pernoitaram.
O SEF salienta ainda que aos “cidadãos, intercetados pela Polícia Marítima, foram, sempre garantidas as necessidades básicas, incluindo alimentação e assistência médica”.
Uma embarcação com 22 homens, alegadamente de origem marroquina, foi intercetada na segunda-feira de madrugada quando os tripulantes se preparavam para desembarcar na Praia de Vale do Lobo, no Algarve, disse à Lusa o comandante da Zona marítima do Sul.
Segundo Fernando Rocha Pacheco, a pequena embarcação, com sete metros de comprimento, foi avistada cerca das 04:00 por um mestre de pesca, que a considerou suspeita por estar “carregada de gente”, avisando as autoridades.
Os 22 ocupantes da embarcação “alegam ser marroquinos” e terão partido da cidade de El-Jadida, em Marrocos, com destino a Portugal, acrescentou a mesma fonte.
Após o alerta, elementos da Polícia Marítima de Faro e da Estação Salva-vidas de Quarteira iniciaram buscas por mar e por terra, tendo detetado e intercetado a embarcação às 04:50, quando os tripulantes “já se preparavam para desembarcar”.
Os 22 homens foram depois encaminhados para a Estação Salva-vidas de Quarteira, fazendo esse percurso “na própria embarcação” onde foram assistidos, fornecida roupa e testados à Covid-19 pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Este é o segundo caso, em poucos dias, envolvendo migrantes alegadamente de origem marroquino que desembarcaram no Algarve, depois de na passada semana as autoridades terem detetado uma embarcação com sete homens ao largo de Olhão.
Já em 29 de janeiro um outro grupo de 11 migrantes tinha chegado à costa algarvia, antecedido de uma embarcação com oito homens, em 11 de dezembro de 2019.
LUSA/HN
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