André Correia, Gestor (UCP, Portugal), MBA (Cass Business School, Inglaterra) Daniel Guedelha, Global Manager, Engenheiro (IST, Portugal), MBA (St. Gallen, Suíça)

Saúde em Portugal e as novas tecnologias

06/30/2020

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Saúde em Portugal e as novas tecnologias

30/06/2020 | Opinião

Resistir a um país de gente simpática, clima ameno, e boa comida é uma tarefa árdua a que nem a tecnologia de ponta está imune. Inteligência artificial, blockchain e machine learning vieram para ficar e podem proporcionar a toda a indústria da saúde uma oportunidade única de destaque no contexto Europeu.

Em termos tecnológicos, Portugal é já reconhecido em diversos sectores de actividade, por gigantes como a Microsoft, Google ou Amazon, que procuram o nosso país para se estabelecerem

A recente pandemia veio trazer grande destaque à importância da área da saúde e a como pode ser harmoniosa a ligação com as novas tecnologias.

Com o sector da saúde a atravessar uma fase de mudança e, numa altura em que as novas tecnologias são cada vez mais acessíveis, existe uma oportunidade única para o nosso país se posicionar estrategicamente entre os seus pares Europeus.

“Existe potencial, num país como Portugal, para se destacar na Europa”

A tecnologia per se, não é uma fonte de vantagem competitiva, da mesma forma que não basta uma estratégia bem delineada para se atingir inovação. Em conjunto, porém, estratégia e tecnologia, aliadas a recursos humanos capazes, podem levar longe o que inicialmente pode parecer apenas um sonho.

De um ponto de vista de recursos humanos, veja-se como as universidades portuguesas continuam a produzir excelente capital humano, nomeadamente nas áreas de investigação, engenharia, medicina e gestão. As escolas portuguesas são preferidas por muitos que, anos mais tarde, se tornam líderes de opinião, reconhecidos a nível global.

Por outro lado, apesar de ser um país pequeno em termos de população, tem uma rede de expatriados bastante qualificada, diversificada e competitiva. A grande vaga de emigração que se fez sentir no passado recente pode ser agora uma vantagem competitiva em duas frentes:
– trazer ideias novas para dinamizar o sector com aquilo que de melhor se faz lá fora, complementando o que de muito bom já existe internamente; e
– criar as pontes necessárias, com os principais decisores, que permita a entrada de cash flow e working capital para as iniciativas necessárias.

Portugal é cada vez mais conotado com novas tecnologias e continua a ser necessário um diálogo constante entre os principais intervenientes dos sectores público e privado. Um trabalho que tem de ser desenvolvido em benefício de cada um dos participantes, mas sobretudo, coordenados para o desenvolvimento comum e de Portugal.

Apesar do rápido avanço tecnológico com que nos defrontamos diariamente, a solução não passa seguramente por implementar tecnologias e estratégias apenas porque são novidade. Nesta fase, é muito importante uma análise profunda aos verdadeiros desafios que cada organização enfrenta, e quais as melhores soluções para responder a esses problemas.

André Correia, Gestor (UCP, Portugal), MBA (Cass Business School, Inglaterra)

Daniel Guedelha, Global Manager, Engenheiro (IST, Portugal), MBA (St. Gallen, Suíça)

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