Os infratores serão multados em até 100 libras esterlinas (110 euros), o mesmo valor da penalização para os passageiros que não usem máscara no transporte público, onde o uso de máscaras ou proteções para a cara já é obrigatório desde 15 de junho.
Até agora, o uso de máscara em espaços públicos fechados era apenas recomendado em Inglaterra.
“Há indícios crescentes de que usar uma máscara num espaço fechado ajuda a proteger” contra o coronavírus, afirmou um porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson, que tinha dito na terça-feira que uma decisão seria tomada nos dias seguintes.
O uso de máscara nas lojas já é obrigatório na Escócia e em vários países europeus, mas o governo britânico tem hesitado em impor a sua utilização.
O País de Gales anunciou que as máscaras vão ser obrigatórias nos transportes públicos a partir de 27 de julho, mas não estendeu a medida aos restantes espaços fechados.
No domingo, o ministro do Conselho de Ministros, Michael Gove, defendeu, numa entrevista à estação de televisão Sky News, que não deveria ser obrigatório e que deveria ser uma decisão pessoal.
Na segunda-feira, Boris Johnson foi filmado com uma máscara durante uma visita a uma loja em Londres e disse que “as proteções para a cara têm uma utilidade efetiva em espaços fechados”.
Hoje, o ministro do Ambiente, George Eustice, alegou que as diferentes posições têm acompanhado a evolução da pandemia e que uma proteção para a cara feita de tecido é suficiente.
“Com estas abordagens, estamos apenas a tentar gerir o risco e à medida que aliviamos as restrições e o confinamento, abrindo bares e restaurantes, precisamos de compensar com mitigações para tentar impedir que o vírus se espalhe”, explicou na BBC.
Com 44.830 mortes registadas até segunda-feira, o Reino Unido é o país que registou o maior número de óbitos durante a pandemia covid-19 na Europa e o terceiro a nível mundial, atrás dos EUA e Brasil.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 569 mil mortos e infetou cerca de 13 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
NR/HN/LUSA
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