[xyz-ips snippet=”Excerpto”]
Um admirável mundo novo da diabetes graças à tecnologia
“Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley foi um dos primeiros livros que li. Foi um livro marcante para mim, não pela organização social que retrata, mas pela visão do que a tecnologia se poderia tornar.
Nas últimas duas décadas, assistimos a um enorme progresso em toda a tecnologia relacionada com a diabetes. Quando olhamos para o futuro, não podemos considerar simplesmente o caminho percorrido. Devemos pensar nos desafios que poderemos encontrar no que diz respeito à mudança de paradigma do tratamento e à interação entre doentes, familiares, cuidadores e profissionais de saúde, para que possamos antecipar soluções capazes de aportar mais autonomia aos doentes e de melhorar a sua qualidade de vida. De forma simples existem dois tipos de diabetes: quando o corpo não produz insulina suficiente (Tipo 1) e quando o organismo não utiliza a insulina gerada (Tipo 2). Embora a última possa ser prevenida com escolhas conscientes de estilo de vida, a origem da primeira parece ser um mistério para a comunidade médica. Mas se alguém tem diabetes, significa ter uma companheira permanente e exigente que, em ambos os casos, requer um controlo constante.
É uma condição verdadeiramente dependente da tecnologia. É preciso monitorizar o nível de glicose frequentemente, administrar insulina regularmente, controlar o peso, fazer uma alimentação regrada, contar hidratos de carbono, etc. Ter controlo sobre tudo isto é mais fácil graças à tecnologia que existe atualmente. E se há pessoas que utilizam tecnologia são as com diabetes. São uma comunidade motivada que partilha as suas experiências nas redes sociais, demonstrando o uso e o desenvolvimento da mesma
Felizmente, há tantas inovações tecnológicas e digitais que a gestão da diabetes tem vindo a melhorar e acredito que continuará a mudar significativamente nos próximos anos, tornando-se mais fácil de gerir, menos intrusiva e tendencialmente despercebida.
Há anos que se procuram formas de aliviar a dor e os problemas da monitorização da glicose no sangue. De entre todas, estão em investigação tatuagens e lentes de contacto digitais que medem os níveis de glicose. No entanto, já estão disponíveis sensores que se usam na pele e permitem partilhar em tempo real os valores da glicose com um cuidador. Com a informação fornecida pelos sensores, podem ser programados alertas e prevenir as hipoglicémias, contribuindo assim para um sono mais tranquilo.
Registar e medir dados é também parte da rotina da diabetes. Um conceito revolucionário é analisar os grandes dados de uma pessoa com diabetes e ajudá-la a gerir melhor a sua condição. Por exemplo, a IBM Watson™ combinou a inteligência avançada com a experiência da Medtronic para analisar atividades diárias e descobrir padrões que afetam os níveis de glicose. Envia essa informação no momento certo, o que permite pequenos ajustes com impacto no dia-a-dia do doente.
Também existem aplicações para smartphones que permitem gerir a diabetes de forma mais eficiente. Desde aquelas que dão a possibilidade aos pais de manterem o controlo em tempo real sobre a diabetes, quando não estão perto das crianças, até aos scanners alimentares que determinam os gramas de açúcar ingeridos numa refeição, o que é fundamental para calcular a insulina a administrar.
O pâncreas artificial replica o que uma versão saudável do órgão faz e permitirá que as pessoas com diabetes vivam a vida de forma mais fácil e sustentável. Ao medir constantemente os níveis de glicose no sangue tem a capacidade de decidir automaticamente a administração de insulina. Após mais de 30 anos a contribuir para proporcionar o melhor tratamento possível aos doentes com diabetes através de bombas de insulina, na Medtronic, continuamos a dar passos na direção do futuro para ajudar os profissionais de saúde a garantir o acesso a mais e melhores soluções. Prova do nosso permanente compromisso de querer fazer a diferença na vida dos doentes e de contribuir para transformar os cuidados de saúde de amanhã, obtivemos recentemente a aprovação na Europa para o sistema de circuito fechado híbrido com insulina basal automática, bólus de correção automático e a possibilidade de personalizar o valor alvo. Com este sistema, parece que estamos mais perto do pâncreas artificial.
Há cada vez mais tecnologias que estão a revolucionar o tratamento da diabetes. Mas acredito que melhores gadgets e avanços tecnológicos ainda estão por vir.
Com sistemas de perfusão parcialmente automáticos, fármacos ultrarrápidos e conectividade, caminhamos para uma gestão digital, informada, tecnológica e mais confortável da diabetes.
0 Comments