Aconselhamento profissional sobre a dieta pode melhorar o comportamento à mesa e os fatores de risco para doenças cardíacas. Rápidas e simples ferramentas de avaliação à dieta podem fazer parte dos consultórios de visitas de rotina e integrados nos registos eletrónicos de saúde para seguimento.
Chegou a altura de algum tipo de avaliação à dieta ser incluído nas visitas de rotina e aconselhamento, de acordo com um nova afirmação científica da American Heart Association publicado na Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, um jornal da American Heart Association.
A afirmação, escrita por um grupo de peritos em nutrição e doenças cardiovasculares, recomenda a adoção de uma ferramenta de avaliação à dieta rápida que possa ser integrada nas plataformas de registos de saúde eletrónicas entre todos os centros de saúde.
“Os padrões e a qualidade da dieta não estão suficientemente priorizados quando se debruçam sobre fatores de risco modificáveis durante visitas de rotina aos consultórios. Dadas as provas de que a dieta contribui para a mortalidade, é um fator de risco que vale a pena verificar constantemente”, disse Maya Vadiveloo, médica, chair do grupo que escreveu a dita afirmação e professora assistente de nutrição e ciências da saúde na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Rhode Island em Kingston, Rhode Island.
Uma dieta de fraca qualidade suplantou todos os outros fatores de risco para a morte, contando com os 11 milhões de mortes e cerca de metade das mortes por doenças cardiovasculares globais, de acordo com o Estudo do Fardo Global das Doenças de 2017, um estudo compreensivo sobre o impacto da dieta na saúde em 195 países de todo o mundo. Os autores da afirmação reviram 15 ferramentas existente, avaliando cada uma para produzir alguma informação sobre a sua aplicabilidade e possibilidade de incorporar uma ferramenta de avaliação baseada em factos na prática médica rotineira. Os autores listaram várias razões pelas quais membros da equipa de prestação de serviços de saúde pode não se debruçar sobre a qualidade da dieta durante uma visita ao seu consultório: falta de treino e conhecimento; falta de tempo e compensação financeira; necessidade de abordar vários temas durante as muitas vezes curtas visitas; e que os serviços de nutrição não estão integrados em muitos ambientes de cuidados de saúde.
“Ainda assim, estas barreiras podem ser ultrapassadas”, disse Vadiveloo. “Queremos uma forma válida e fiável de avaliar as dietas, que reflita a melhor ciência e as melhores ferramentas demoram menos de 10 minutos a usar”. Três das ferramentas avaliadas cumpriam os requisitos para o trabalho e podem providenciar um quadro que ajuda os médicos a incorporar a prática desta avaliação no seu fluxo normal de trabalho. A ferramenta da Powell and Greenberg coloca duas questões sobre o consumo de frutas e vegetais e de bebidas açucaradas e sumos. As restantes duas ferramentas (Rapid Eating Assessemen for Participants-Shortened, e Mediterrnean Diet Adherence Screener) colocam mais de 10 questões e cobrem os principais grupos alimentares, bem como comidas processadas e o consumo de álcool.
A chave para uma ferramenta eficaz de controlo da dieta inclui:
- Utilizar uma abordagem baseada em evidências;
- Avaliar a totalidade do padrão dietário, não apenas um tipo de comida ou nutriente;
- Rapidez de execução;
- A habilidade de fornecer próximos passos acionáveis e apoio aos pacientes; e
- A habilidade de monitorizar as mudanças ao longo do tempo.
“Não existem outras ferramentas para além das que avaliámos, e podem ainda ser desenvolvidas”, disse Vadiveloo.
Enquanto este trabalho não apoia uma ferramenta específica, ele encoraja conversas críticas entre médicos, indivíduos com experiencia e conhecimento em dietas e lifestyle, e especialistas em tecnologias da informação para adotarem ferramentas rápidas de controlo de dieta para adultos nos cuidados primários e especialidades de cuidados relevantes e bases de prevenção.
“Um componente importante em adição à avaliação da qualidade da dieta é identificar mudanças acionáveis que ajudem os pacientes a estabelecer objetivos dietários atingíveis – e segui-los na próxima consulta”, disse Alice H. Lichtenstein, vice-chair do grupo de trabalho e principal cientista sénior da Equipa de Nutrição Cardiovascular no Centro de Investigação de Nutrição Humana Jean Mayer USDA da Universidade de Tufts, em Boston.
Áreas para estudo futuro incluem o teste e validação destas ferramentas em diversas populações, bem como entre populações clinicas especiais (pediátricas, geriátricas, etc.), e avaliar a viabilidade de implementar estas ferramentas no ambiente clínico.
Uma dieta saudável pode melhorar o risco e os resultados de doenças cardiovasculares. O que comemos (e quanto comemos) pode afetar outros fatores de risco controláveis, como o colesterol, a pressão sanguínea, diabetes e excesso de peso.
Este trabalho científico foi escrito pela parte do conselho de lifestyle e saúde cardiometabólica da American Heart Association; do Conselho de Arteriosclerose, Trombose e Biologia Vascular; do Conselho de Enfermagem Cardiovascular e de ataque cardíaco; do Conselho de Cardiologia Clinica; e do Conselho para Acidentes Vasculares Cerebrais.
NR/HN/João Daniel Ruas Marques
Otimo artigo me ajudara muito, eu até hoje tive otimos resultados com um Detox em capsulas que com poucos meses consegui emagracer em menos de 3 meses uns 10Kg, estou muito mais feliz e realizado com meu corpo, eu vivia em depressão por não conseguir ter resultados nas dietas que fiz, ai tive resultado muito mais fácil e sem sofrimento com esse Detox…
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