Novo laser para tratamento de pedras nos rins chega a Portugal

7 de Agosto 2020

A CUF anunciou esta sexta-feira a disponibilização de um novo laser “mais seguro” e rápido para o tratamento de pedras nos rins nos seus hospitais. Os especialistas garantem que o novo equipamento “reduz o risco de danos nos tecidos no momento em que o laser dispara para desfazer as pedras nos rins”.

De acordo com a CUF, o Laser de Fibra de Thulium permite tratar a litíase renal (cálculos renais) num procedimento minimamente invasivo, duas a quatro vezes mais rápido do que o habitual, sendo que o laser pulveriza a pedra, ao invés de a destruir em partículas.

Segundo Peter Kronenberg, urologista na Unidade da Litíase do Hospital CUF Descobertas, o novo laser permite a diminuição do tempo de cirurgia no tratamento de pedras dos rins de maior dimensão e em menos sessões, explicando que “em pedras de grande dimensão, o doente geralmente tinha de se deslocar duas vezes ao hospital para ser operado. Com este novo laser, aumenta a possibilidade de uma pedra grande ou várias serem tratadas num só dia”.

O especialista acrescenta que para além deste novo equipamento ser mais rápido, “desfaz a pedra num pó muito mais fino. Os estudos apontam que este laser é quatro vezes mais seguro do que o laser habitual. Isto porque a nova tecnologia reduz o risco de danos nos tecidos no momento em que o laser dispara para desfazer as pedras nos rins”.

A sua maior capacidade de pulverização gera maior eficácia no tratamento, com implicações de velocidade e tempo. Para além do mais, a sua utilização resulta num menor desconforto pós-operatório e em menor dificuldade em expelir as partículas pela urina, visto estas serem pequenas (poeiras).

Com este novo laser o Hospital CUF Descobertas passa a ser um dos cinco Centros de Referência para formação internacional no tratamento da litíase renal com o laser de Fibra de Thulium – havendo apenas mais dois a nível Europeu e dois nos Estados Unidos da América.

Para além do tratamento da litíase, este novo laser permite fazer enucleação prostática, por exemplo em casos de hiperplasia benigna da próstata, com melhores resultados a longo prazo, melhor coagulação e menor queimadura de tecidos.

PR/HN/

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