Dario Vivas, que morreu na Venezuela, é o primeiro dirigente do PSUV a morrer vítima da covid-19.“Com profundo pesar recebemos a lamentável notícia do falecimento do bom amigo Dario Vivas”, anunciou o procurador-geral da Venezuela numa mensagem na rede social Twitter.
Na mesma mensagem, Tarek William Saab referiu-se a Dario Vivas como “um revolucionário com as mais altas qualidades”, com quem partilhou lutas “desde os anos 80 nas ruas de Caracas”.
“(Foram) lutas valentes em defesa do povo e da pátria”, escreveu o procurador-geral.
Já vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, citando o escritor cubano José Marti, escreveu na sua conta do Twitter que “a morte não é verdade quando se cumpriu bem a obra da vida”.
“Morreu o nosso irmão Dario Vivas, bolivariano íntegro de exemplar trajetória”, precisou.
Vários militantes do PSUV, também usaram o Twitter para lamentar a morte do “patriota batalhador”.
Dario Ramón Vivas Velasco nasceu em Caracas em 12 de junho de 1950. Foi membro da direção do PSUV e era chefe de governo do Distrito Capital desde janeiro.
Em 19 de julho, anunciou, no Twitter, que tinha testado positivo para a covid-19, que estava isolado, em tratamento e que pedia proteção a José Gregório Hernández, o médico dos pobres, cuja beatificação foi recentemente aprovada pelo Papa Francisco.
Dario Vivas fez parte do partido Movimento V República, que levou o antigo chefe de Estado Hugo Chávez (presidiu ao país entre 1999 e 2013) ao poder, foi deputado do parlamento e membro eleito da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime).
Em agosto de 2017 foi sancionado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Na Venezuela, segundo as autoridades locais, estão confirmados 29.088 casos de coronavírus e 247 mortes associadas à covid-19.
Os números oficiais dão conta de que 21.042 pessoas recuperaram da doença.
Entre os políticos do Governo venezuelano que testaram positivo à covid-19 está o lusodescendente Jorge Luís Garcia Carneiro, governador do Estado venezuelano de La Guaira, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, o ministro do Petróleo, Tareck El Aissami, e várias autarcas socialistas.
Também vários políticos opositores testaram positivo para a covid-19, entre eles o presidente da Câmara Municipal de Maneiro, Morel Rodríguez Salcedo, e o deputado José António España.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos até 12 de setembro e a população está impedida de circular entre os diferentes municípios do país.
NR/HN/LUSA
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