Índia com mais 2.000 mortos em apenas um dia

17 de Junho 2020

A Índia contabilizou mais de dois mil mortos devido à Covid-19, num só dia, elevando para 11.903 o número total de óbitos no país desde o início da epidemia, indicam dados oficiais divulgados esta quarta-feira.

O aumento deveu-se em parte aos números revistos em Bombaim, a cidade mais atingida pela doença, e onde as autoridades acrescentaram 832 mortes ao balanço diário, devido a “falhas” na contagem.

A capital, Nova Deli, onde a situação sanitária está a deteriorar-se, registou 400 mortes nas últimas 24 horas.

Confrontado com uma economia enfraquecida, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, levantou no início deste mês a maioria das medidas para travar a propagação da doença, impostas a 1,3 mil milhões de habitantes.

O desconfinamento acontece numa altura em que a epidemia não mostra sinais de abrandamento no país, que regista cerca de 11 mil novos casos por dia, contando com um total de mais de 354 mil infeções.

Perante a virulência da crise sanitária, o estado de Tamil Nadu (Sul), um dos mais atingidos, juntamente com Deli e Maharashtra, ordenou o reconfinamento na capital regional, Chennai, durante a segunda quinzena de junho.

Os peritos previram que o pico da epidemia na Índia não seja atingido antes de decorridas várias semanas, numa altura em que o sistema de saúde já está sobrecarregado com o afluxo de doentes.

Os meios de comunicação indianos noticiaram que muitas pessoas morreram após lhes ter sido recusado tratamento hospitalar. O ritmo das mortes é tal que, nas morgues, os corpos se acumulam, segundo a imprensa local.

A Índia é o quarto país do mundo em número de infetados (mais de 354 mil), depois dos Estados Unidos (mais de 2,1 milhões), Brasil (mais de 923 mil casos) e Rússia (mais de 544 mil).

A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 438 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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