Brasil deteta primeiros casos de gripe aviária em aves selvagens

Brasil deteta primeiros casos de gripe aviária em aves selvagens

“Quero dizer ao mercado, principalmente ao setor de carne de frango, que não há risco de restrições ao comércio porque são aves selvagens”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, num vídeo divulgado nas redes sociais, na segunda-feira.

As aves infetadas, três andorinhas-do-cabo, foram encontradas no litoral sudeste do estado do Espírito Santo, duas delas na quarta-feira e uma terceira nesta segunda-feira, revelou o ministério, em comunicado.

Análises laboratoriais “confirmaram que se tratava do subtipo H5N1” da gripe aviária, segundo o ministério.

Dependendo “da evolução do cenário epidemiológico, poderão ser adotadas novas medidas sanitárias” pelas autoridades “para prevenir a propagação (…) e proteger a avicultura nacional”, acrescentou a nota.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, com 35% do mercado, segundo dados do Ministério da Agricultura para 2022.

A gripe aviária causa alta mortalidade em aves selvagens e aves domésticas, como patos e galinhas.

Milhares de aves morreram ou foram abatidas na América do Sul, centenas de fazendas foram colocadas em quarentena e alguns países suspenderam as exportações devido à propagação do vírus, desde o ano passado.

A transmissão para humanos é rara e geralmente ocorre por contacto próximo com aves infetadas.

LUSA/HN

Angola vai continuar a promover vacinação para controlo da Covid-19

Angola vai continuar a promover vacinação para controlo da Covid-19

Em conferência de imprensa, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto, disse que Angola congratula-se com a declaração da OMS, “que significa uma vitória dos profissionais da saúde, comunidade científica e todos os outros atores, com realce para toda a população que consentiu inúmeros sacrifícios”.

Carlos Alberto Pinto referiu que a vacinação foi um elemento crucial para o controlo da fase de emergência da pandemia a nível global até à data.

“Assim sendo, continuará a promover a vacinação contra a Covid-19 no país como estratégia primordial do controlo da doença para salvar vidas, baixar o número de casos graves e óbitos que ainda se vem registando no país”, disse o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano.

O governante sublinhou que, atualmente, a cobertura vacinal em Angola é de 47% com pelo menos duas doses, salientando que para que ela seja efetiva na imunidade de grupo deve, segundo a OMS, estar acima de 85%, “sendo este o desafio do país para o qual todos são chamados a participar”.

“O Mistério da Saúde vai adequar o plano de contingências do país ao plano de gestão da Covid-19 ao longo prazo da OMS 2023-2025, em que irá adotar recomendações adicionais para esta fase de transição às atuais medidas de acordo com a situação epidemiológica e a cobertura vacinal do país”, frisou.

Nesse sentido, Carlos Alberto Pinto fez um apelo, “uma vez mais, à população a aderir à vacinação, pois salva-vidas e permite à OMS a reduzir o nível de alerta”.

Angola notificou os dois primeiros casos de Covid-19 em 21 de março de 2020, tendo registado 105.669 casos e 1.936 óbitos até ao dia 05 de maio do corrente ano, tendo passado por quatro vagas provocadas pelas variantes de preocupação mundial.

Carlos Alberto Pinto elogiou o sistema de saúde angolano por ter suportado à pressão da demanda, “sem nunca colapsar, garantindo a continuidade da prestação dos serviços de saúde à população”.

Em 02 de março de 2021, Angola incorporou a implementação do Plano de Vacinação, “o qual foi crucial para a gestão considerada de sucesso da pandemia no que ao número de casos graves e óbitos diz respeito”, indicou Carlos Alberto Pinto.

“Em função desse histórico, o Ministério da Saúde toma boa nota dos alertas do diretor-geral da OMS na sua declaração em relação à cautela e prudência no tratamento desta notícia”, observou, realçando que o processo da transição de emergência para a fase de controlo da Covid-19 já está em curso.

O processo inclui algumas medidas, como a integração da vacina contra a Covid-19 na vacina de rotina, ou seja, toda a população maior de 12 anos deve ter pelo menos duas doses; o reforço da vigilância epidemiológica, que significa a testagem de casos suspeitos e contactos e a notificação obrigatória de todos os casos positivos e dos óbitos, bem como a apresentação do certificado de vacina à entrada ou saída do país, ou, na sua falta, do teste negativo da Covid-19.

Por sua vez, a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, sublinhou que “a pandemia da Covid-19 não acabou, o que diminuiu foi o alerta” que o mundo enfrentou.

“Apelamos ao Ministério da Saúde para integrar nas atividades da Covid-19, nomeadamente a vigilância e a resposta nos programas de saúde de rotina e mantemos o nosso compromisso para continuar a apoiar o país para atingir os melhores níveis de cobertura vacinal”, disse.

Segundo Djamila Cabral, a OMS vai também estabelecer um comité de revisão para desenvolver recomendações de longo prazo para a gestão da Covid-19.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na sexta-feira o fim da emergência de saúde para a Covid-19 a nível global, aceitando a recomendação do comité de emergência.

“No último ano, o comité de emergência e a OMS têm estado a analisar dos dados com cuidado, considerando quando seria o tempo certo para baixar o nível de alarme. Ontem, o comité de emergência reuniu-se pela 15.ª vez e recomendou-me que declarasse o fim da emergência global. Eu aceitei esse conselho”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus em conferência de imprensa.

Segundo afirmou, o levantamento da emergência de saúde pública global (PHEIC, na sigla em inglês), o nível mais alto de alerta que pode ser decretado pela organização, “não quer dizer que a Covid-19 terminou como uma ameaça de saúde”.

LUSA/HN

OMS fala em “momento certo” de avançar para a gestão da Covid-19

OMS fala em “momento certo” de avançar para a gestão da Covid-19

“Embora a emergência de saúde pública global (PHEIC, na sigla em inglês) tenha sido um instrumento valioso para apoiar a resposta global à covid-19, o comité concordou que é o momento certo para avançar para a gestão a longo prazo do SARS-CoV-2 como um problema de saúde contínuo”, adiantou a organização (OMS) em comunicado.

O diretor-geral da OMS declarou hoje o fim da emergência de saúde pública para a Covid-19 a nível global, aceitando a recomendação do comité de emergência, um órgão que reúne peritos de várias áreas e que se reuniu na quinta-feira pela 15.ª vez para avaliar a situação da pandemia.

“No último ano, o comité de emergência e a OMS têm estado a analisar os dados com cuidado, considerando quando seria o tempo certo para baixar o nível de alarme. Ontem, o comité de emergência reuniu-se pela 15.ª vez e recomendou-me que declarasse o fim da emergência global. Eu aceitei esse conselho”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus em conferência de imprensa.

Segundo disse, esta decisão significa, na prática, que este é o momento para os países fazerem a transição do modo de emergência para a gestão da Covid-19 em simultâneo com outras doenças infecciosas.

A PHEIC, o nível mais alto de alerta da OMS, foi declarada em 30 de janeiro de 2020, numa altura em que pouco mais de 100 casos de infeção pelo coronavírus tinham sido detetados fora da China, sem nenhuma morte registada.

Segundo a OMS, mais de três anos depois, foram reportados oficialmente cerca de sete milhões de mortos, mas o diretor-geral da OMS admitiu que o número real de óbitos é “várias vezes maior”, chegando a “pelo menos 20 milhões”.

Na reunião de quinta-feira, os peritos do comité avaliaram a situação da pandemia à luz dos três critérios definidos na PHEIC: Se a covid-19 continuava a constituir um evento extraordinário, se se mantinha o risco de saúde pública para outros Estados através da disseminação internacional e se potencialmente requeria uma resposta internacional coordenada.

De acordo com a OMS, o comité de emergência considerou que, embora o SARS-CoV-2 continue a circular e a evoluir, com o risco de surgimento de novas variantes, “já não constitui um evento incomum ou inesperado”, mas Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou que pode voltar a convocar esse órgão, se a situação vier a exigi-lo.

“Chegar ao ponto em que a covid-19 pode ser considerada como não constituindo mais uma PHEIC deve ser visto como um reconhecimento à coordenação internacional e ao compromisso com a saúde global”, destacaram ainda os especialistas.

Na sequência da decisão hoje tomada, a OMS recomendou aos países que atualizem os planos de preparação para pandemias de agentes patógenos respiratórios, incorporando as aprendizagens da Covid-19, e que restaurem os programas de saúde afetados pela pandemia.

Além disso, devem integrar a vacinação contra a Covid-19 nos programas de vacinação ao longo da vida, assim como manter os esforços para aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19 para todas as pessoas dos grupos de alta prioridade.

A organização recomendou ainda que os países continuem a levantar as medidas de saúde relacionadas com viagens internacionais, com base em avaliações de risco, e a deixar de exigir comprovativos de vacinação como pré-requisito para essas deslocações.

No seu parecer à OMS, os membros do comité destacaram a tendência decrescente das mortes por Covid-19, a diminuição das hospitalizações e dos internamentos em unidades de cuidados intensivos e os elevados níveis de imunidade da população mundial ao SARS-CoV-2.

Segundo a OMS, a nível global, foram administradas cerca de 13,3 mil milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

Atualmente, 89% dos profissionais de saúde e 82% dos adultos com mais de 60 anos completaram a vacinação primária, embora a cobertura nesses grupos prioritários varie em diferentes regiões do mundo.

“A Covid-19 deixou – e continua a deixar – cicatrizes profundas no nosso mundo. Essas cicatrizes devem servir como um lembrete permanente do potencial de surgimento de novos vírus, com consequências devastadoras”, alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

LUSA/HN

Organização Mundial da Saúde lança novo plano para a gestão da Covid-19 até 2025

Organização Mundial da Saúde lança novo plano para a gestão da Covid-19 até 2025

O Plano Estratégico de Prontidão e Resposta (SPRP, na sigla em inglês) é a quarta atualização do documento desde o início da pandemia e pretende apoiar os países na transição da fase de emergência da pandemia para a gestão da doença a longo prazo.

O plano anterior, divulgado em 2022, definiu como objetivos estratégicos a redução da circulação do coronavírus SARS-CoV-2 a nível mundial e o diagnóstico e tratamento da covid-19 para reduzir a mortalidade, a morbilidade e as sequelas a longo prazo.

A nova estratégia da OMS agora divulgada mantém esses dois objetivos e acrescenta um terceiro: a prevenção, controlo e gestão sustentada da doença nos próximos anos, colocando uma “forte ênfase na abordagem da condição pós-covid” (também chamada de ‘covid longa’).

“As estimativas atuais sugerem que cerca de 6% das infeções sintomáticas resultam em condição pós-covid-19, sugerindo que centenas de milhões de pessoas precisam de cuidados de longo prazo”, alerta o documento.

Segundo a OMS, o objetivo do SPRP 2023-2025 é “encerrar a fase de emergência da pandemia de Covid-19 em todos os países”, transitando para a gestão sustentável e abrangente da doença infecciosa, através de programas de prevenção e controlo.

Para atingir este objetivo, a organização com sede em Genebra propõe uma estratégia assente no “acesso e uso otimizado de ferramentas seguras e eficazes”, como a vacinação de populações de risco para prevenir a doença grave e morte e o diagnóstico precoce e tratamento, especialmente das pessoas mais vulneráveis.

Além disso, a OMS defende a integração da vacinação contra a covid-19 e da gestão da doença nos serviços de saúde primários, assim como a adoção de medidas para proteger os trabalhadores da saúde e outros grupos prioritários.

Os países devem ainda efetuar uma “forte vigilância e monitorização das variantes do SARS-CoV-2, incluindo sequenciação estratégica e geograficamente representativa para rastrear variantes conhecidas e futuras, agentes patogénicos respiratórios e outras ameaças pandémicas”, preconiza o SPRP.

“A vigilância e a sequenciação em declínio e pouco representativas estão a tornar mais difícil avaliar rapidamente variantes conhecidas e detetar as novas. Além disso, o vírus não estabilizou num padrão previsível e ainda não tem sazonalidade em regiões temperadas”, alerta também a OMS.

O plano admite que, por isso, são esperadas mais variantes com aumento das taxas de crescimento e capacidade de escapar ao sistema imunológico, “sem certeza sobre mudanças na gravidade” das infeções.

A OMS salienta que o número de óbitos notificados semanalmente está no nível mais baixo desde o início da pandemia e, na maioria dos países, a vida “voltou ao normal”, mas alerta que “milhões continuam a ser infetados ou reinfetados com o SARS-CoV-2, milhares continuam a morrer todas as semanas e muitas dúvidas permanecem sobre o potencial surgimento de novas variantes que podem causar novos surtos”.

“Os governos trabalharam arduamente para vacinar quase 70% da população mundial, mas isso também significa que mais de 30% da população mundial ainda não recebeu uma única dose”, sublinha a organização.

O Comité de Emergência da OMS, composto por vários especialistas e convocado pelo diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, reúne-se esta quinta-feira para avaliar se a pandemia ainda constitui uma emergência de saúde pública global (PHEIC, na sigla em inglês).

A PHEIC é o nível mais alto de alerta e aplica-se a “um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou inesperado”, com implicações para a saúde pública para além da fronteira nacional de um Estado afetado e que pode exigir uma ação internacional imediata.

Segundo os dados mais recentes da OMS, a pandemia já provocou mais de 765 milhões de casos confirmados de infeção e mais de 6,9 milhões de mortos a nível mundial.

LUSA/HN

Termina hoje uso obrigatório de máscaras, Governo justifica decisão com “evolução da situação epidemiológica”

Termina hoje uso obrigatório de máscaras, Governo justifica decisão com “evolução da situação epidemiológica”

“Apesar de a utilização de máscaras continuar a ser uma importante medida de prevenção da transmissão de SARS-CoV-2, sobretudo em ambientes e populações de maior risco, considera-se oportuno cessar a obrigatoriedade do uso de máscaras e viseiras em estabelecimentos e serviços de saúde e em estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como em unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”, refere o diploma, que entra hoje em vigor.

O Governo justifica esta decisão com “a evolução da situação epidemiológica da doença Covid-19, o conhecimento científico, a efetividade e a elevada cobertura vacinal atingida em Portugal, o nível de conhecimento adquirido pela população sobre medidas de saúde pública, nomeadamente utilização de máscara, etiqueta respiratória, ventilação de espaços e distanciamento físico”, que permitiram reduzir a letalidade e mortalidade, a incidência da doença, o impacto nos serviços de saúde e retomar a atividade económica e social.

Segundo o Governo, Portugal está em alinhamento com outros países europeus, tendo já procedido à eliminação da generalidade das medidas restritivas de resposta à pandemia da doença Covid-19.

No dia em que o diploma foi aprovado em Conselho de Ministros, o Ministério da Saúde indicou que se mantém a recomendação de uso de máscaras, principalmente em ambientes fechados ou aglomerações, por pessoas vulneráveis, como as que têm doenças crónicas ou se encontram em situação de imunidade reduzida, com risco acrescido para a Covid-19.

“A utilização de máscara deve ser adaptada à situação clínica individual, nomeadamente, às situações de perturbação do desenvolvimento ou do comportamento, insuficiência respiratória ou outras patologias, mediante avaliação caso a caso pelo médico assistente”, adiantava então uma nota do ministério.

O diploma que “Determina a cessação da obrigatoriedade do uso de máscaras e viseiras para o acesso ou permanência em determinados locais, no âmbito da pandemia da doença Covid-19” foi aprovado em Conselho de Ministros no dia 06 de abril, tendo sido promulgado na passada sexta-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e referendado na segunda-feira pelo primeiro-ministro, António Costa.

A Covid-19 provocou em Portugal mais de 26 mil mortes, resultantes de mais de 5,5 milhões de casos de infeção.

A Covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

LUSA/HN