Os resultados da investigação, publicados no “Journal of Medical Microbiology”, mostram que o teste molecular rápido denominado N1-STOP-LAMP, tem uma exatidão de 100% no diagnóstico de amostras que contêm cargas elevadas de SARS-CoV-2.

O teste é altamente preciso e fácil de usar, tornando-se um candidato privilegiado para utilização em ambientes com capacidade de testagem limitada. O método envolve a utilização de uma pequena máquina portátil, que pode detetar de forma fiável o SARS-CoV-2 a partir de apenas um esfregaço nasal.

“Desenvolvemos um teste molecular alternativo para a Covid-19 que pode ser rapidamente implementado em locais onde o acesso a testes laboratoriais  padrão é limitado ou onde são necessários tempos de entrega de resultados ultra-rápidos”, referiu o Prof. Tim Stinear, responsável do laboratório do Instituto Doherty, da Universidade de Melbourne (Austrália).

Este novo teste utiliza apenas um tubo e envolve uma única etapa, o que o torna mais eficiente e mais barato do que muitos dos atuais testes para o SARS-CoV-2.

O método N1-STOP-LAMP foi considerado 100% preciso e identificou corretamente 87% dos testes como positivos quando foi utilizado para avaliar 157 amostras positivas confirmadas. Os resultados foram rápidos, com um tempo médio de 14 minutos para 93 destas amostras clínicas.

“Este tipo de tecnologia é importante em locais como unidades de saúde para idosos, bem como em laboratórios no estrangeiro com recursos e equipamento limitados,” referiu o Prof. Tim Stinear. “O teste requer uma pequena máquina do tamanho de uma caixa de sapatos, bem como reagentes, mas tudo é portátil”.

Ainda de acordo com o investigador, “o STOP-LAMP é aquilo a que se chama um teste de “cuidados de proximidade” mas não se destina a substituir o atual teste PCR, considerado o teste de referência”.

Mais informação em:

Lee, J. Y. H., Best, N., et al (2020) Validation of a single-step, single-tube reverse transcription loop-mediated isothermal amplification assay for rapid detection of SARS-CoV-2 RNA. Journal of Medical Microbiology. doi: 10.1088/jmm.0.001238

NR/HN/Maria Adelaide Oliveira