“Estou bem de momento e não tenho sintomas. Hesito em contar o que realmente está a acontecer na falsa bolha”, refere o tenista, numa mensagem nas redes sociais.
No domingo, Benoît Paire, 23.º tenista do ‘ranking’ mundial e 17.º cabeça de série do torneio, foi afastado do segundo ‘major’ da temporada, por estar infetado com o novo coronavírus, e a organização traçou imediatamente uma linha de relações próximas do francês dentro da ‘bolha’ de Flushing Meadows, onde está a decorrer o US Open.
Os tenistas que estiveram em contacto com Benoît Paire, o primeiro infetado com a covid-19 na ‘bolha’ de Flushing Meadows, vão poder disputar o Open dos Estados Unidos, anunciou na segunda-feira a diretora do ‘Grand Slam’ norte-americano.
“Após o rastreamento lançado no entorno [Paire], foi tomada a decisão de manter esses jogadores no torneio, tendo também em conta os relatórios médicos, e eles estão autorizados a participar”, declarou Stacey Allaster ao canal especializado Tennis Channel.
A primeira mulher a ser nomeada diretora do US Open não adiantou, contudo, quantos jogadores estão em causa ou a sua identidade, embora o diário desportivo francês L’Équipe tenha avançado que os tenistas sob vigilância são os franceses Richard Gasquet, Grégoire Barrère, Edouard Roger-Vasselin e Adrian Mannarino.
Alguns tenistas criticaram a opção da Federação norte-americana de ténis (USTA), responsável pela organização, de manter os contactos próximos de Paire em prova, acusando-a de incoerência, uma vez que no Masters 1.000 de Cincinnati, que se disputou precisamente no mesmo recinto, Guido Pella e Hugo Dellien foram retirados do quadro depois de o seu preparador físico ter tido um falso positivo num teste à covid-19.
De acordo com o New York Times, os tenistas que estiveram em contacto com Paire tiveram de assinar um acordo com um protocolo sanitário mais exigente, que os obriga a isolamento e a testes quotidianos ao novo coronavírus.
O jornal norte-americano revela ainda que aqueles jogadores ficarão confinados aos seus quartos de hotel, onde não poderão receber visitas, e de onde só poderão sair para os seus encontros, estando-lhes interditada a permanência nos espaços comuns da entidade hoteleira onde estão hospedados os participantes do US Open.
Em Flushing Meadows, o acesso aos balneários e ao refeitório está vetado a estes tenistas, que também deverão utilizar uma sala de ginásio, zonas de aquecimento e de treino específicas, segundo conta o New York Times.
“Ampliámos as normas do protocolo sanitário já em vigor”, limitou-se a dizer Stacey Allaster ao Tennis Channel, sem confirmar estas informações.
NR/HN/LUSA
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