Cardiologistas defendem proteção especial para doentes com cardiopatia apesar dos estudos

8 de Setembro 2020

de acordo com Vitor Gil, presidente da SPC, “mostraram uma associação entre a doença cardiovascular e maior risco de complicações e de mortalidade nos doentes com infeção COVID-19”, mas que “não definem doenças cardiovasculares como de risco elevado”.

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), a Associação Portuguesa da Intervenção Cardiovascular (APIC) e a Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) defenderam num documento desenvolvido por vários peritos das várias áreas da cardiologia o dever de proteção especial para doentes com cardiopatia como medida de prevenção ao Covid-19.

O documento tem como objetivo definir as situações de maior risco no que toca a doentes cardiovasculares perante a pandemia, para além do grupo de risco já estabelecido que engloba os doentes com mais de 60 anos e com outras comorbilidades.

Este documento vem contradizer os principais estudos que, de acordo com Vitor Gil, presidente da SPC, “mostraram uma associação entre a doença cardiovascular e maior risco de complicações e de mortalidade nos doentes com infeção COVID-19”, mas que “não definem doenças cardiovasculares como de risco elevado”.

Apesar disso, “a SPC considera de extrema importância proteger os doentes portadores de doença cardíaca de risco elevado, cuja a atividade profissional não seja passível de teletrabalho, devendo assim beneficiar de deve de proteção especial”.

Este dever de proteção especial é, para Vitor Gil, “particularmente importante porque, sendo uma sociedade científica, a SPC tem sido questionada múltiplas vezes relativamente à definição de situações cardiovasculares de elevado risco que possam servir como orientadoras para os Cardiologistas, mas também para as outras especialidades médicas”.

CI/João Marques

 

 

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