Investigação da Universidade de Málaga: Sistema de deteção do SARS-CoV-2 baseado em sensores fotónicos

7 de Outubro 2020

A deteção do vírus SARS-CoV-2 e dos anticorpos é essencial para controlar a atual pandemia de Covid-19. Consciente das limitações técnicas atuais, um grupo multidisciplinar de cientistas da Universidade de […]

A deteção do vírus SARS-CoV-2 e dos anticorpos é essencial para controlar a atual pandemia de Covid-19. Consciente das limitações técnicas atuais, um grupo multidisciplinar de cientistas da Universidade de Málaga (Espanha), liderado pelo investigador Robert Halir, do departamento de engenharia da “ETSI Telecomunicações”, está a desenvolver um sistema de deteção “point-of-care” baseado em sensores fotónicos.

“As técnicas de PCR atualmente utilizadas para detetar o vírus são fiáveis, mas também lentas e dispendiosas, enquanto os testes serológicos, sendo mais simples, não são muito exatos e não podem fornecer resultados quantitativos”. Robert Halir explica que o sistema em que a equipa está a trabalhar irá acrescentar funcionalidade e, no futuro, poderá oferecer resultados em tempo real, a custos reduzidos. Para tal, obteve financiamento do fundo Covid-19 do Governo Regional da Andaluzia, para trabalhar, durante um ano, na demonstração da viabilidade do sistema.

A equipa científica já possui o protótipo de um sistema de deteção baseado em chips fotónicos e um aparelho de leitura, capaz de detetar proteínas em concentrações muito baixas – biomarcadores de processos inflamatórios e anticorpos que se manifestam em doentes alérgicos a antibióticos – desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos, que oferece resultados quantitativos numa questão de minutos.

O objetivo deste projeto multidisciplinar é adaptar este sistema para a deteção do vírus SARS-CoV-2 e dos anticorpos, bem como otimizar e reduzir ainda mais o custo do dispositivo de leitura.

“Se os resultados forem satisfatórios, no futuro será possível realizar um kit “point of care” totalmente funcional para os cuidados de saúde primários”. Segundo Robert Halir, a redução de custos relativamente aos testes PCR seria muito significativa, uma vez que poderiam ser feitos diretamente no consultório do médico de família, poupando o custo do processamento num laboratório especializado e também o custo do tempo gasto à espera dos resultados dos testes, que estariam disponíveis em minutos.

Em relação aos testes serológicos, a vantagem será a capacidade de detetar concentrações mais baixas de anticorpos e, além disso, poder quantificá-las. “Se tivermos sucesso, acreditamos que poderemos realizar um protótipo comercial num futuro próximo”, declara o investigador da Universidade de Málaga.

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Press completo: AQUI

Adelaide Oliveira

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