“Veremos como ocorrerá a discussão na especialidade, mas temos motivos para algum otimismo, assim prevaleça um bom e esclarecido entendimento entre os partidos de oposição”, disse Amílcar Falcão, que discursava na cerimónia da abertura solene das aulas da Universidade de Coimbra (UC).
Apesar de considerar que o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) “aparenta ser o possível em tempos de pandemia”, o reitor salientou a preocupação do documento “no sentido de utilização dos fundos europeus que serão fundamentais para a construção de uma Europa e de um país renovados, sustentados na ação climática, no conhecimento e na transição digital”.
Amílcar Falcão realçou o reforço da dotação orçamental na área da ciência e do ensino superior, que “espelha a aposta necessária no apoio social aos estudantes, no suporte à ação científica das instituições e no controlo ao défice decorrente dos efeitos da pandemia”.
Durante o seu discurso, o reitor da UC frisou ainda o apoio “inequívoco” da instituição às “recentes propostas para a descentralização de instâncias judiciárias”, desafiando ainda o Governo para que tenha “esta ousadia também em várias outras áreas da vida social”.
Amílcar Falcão destacou também a necessidade de preparar, neste contexto de pandemia, “a universidade do futuro”, apresentando o seu modelo, que passa por, entre outras coisas, o estímulo à criação de empresas no seio da academia, a aposta na aprendizagem ao longo da vida, o rejuvenescimento do corpo docente, não-docente e de investigadores, a promoção de uma política de ciência aberta ou a aposta na neutralidade carbónica.
“Não precisaremos de esperar dez anos para concretizar estes objetivos. Nos primeiros anos desta década teremos uma Universidade de Coimbra diferente e diferenciadora”.
Na cerimónia, está também presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, num evento que terá a tradicional Oração de Sapiência a cargo do professor catedrático da Faculdade de Letras Carlos Reis.
LUSA/HN
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