O presidente sintrense indicou que as equipas já no terreno permitiram identificar 6.041 pessoas afetadas pelo surto e que estão a apoiar diretamente esses casos.
“A formação destas sete equipas multidisciplinares, que serão aumentadas para oito durante a próxima semana, permitiu realizar, desde o início de julho, mais de 2.387 visitas a agregados familiares, o que se traduz num apoio direto a 6.041 pessoas afetadas pelo surto”, diz Basílio Horta.
O autarca admite que a situação no concelho gera preocupação e deve piorar nas próximas semanas.
“A situação no concelho de Sintra, tal como acontece em todo o país e na Área Metropolitana de Lisboa, terá tendência para se agravar nas próximas semanas e vamos por isso continuar a trabalhar intensamente e a reforçar todos os meios disponíveis”, sublinha o presidente sintrense, que sublinha que “sem a responsabilidade individual de todos”, não é possível vencer esta “batalha”.
As equipas multidisciplinares são constituídas por enfermeiros do ACES de Sintra, técnicos de ação social, proteção civil ou polícia municipal de Sintra e um elemento da junta de freguesia da área de residência.
Estas visitas ao domicílio pretendem aferir, além do confinamento obrigatório, quais as necessidades de saúde e sociais dos casos sinalizados pelas autoridades de saúde, para o cumprimento eficaz e efetivo do confinamento que permite quebrar cadeias de transmissão.
Em todas as visitas são entregues pelas equipas termómetros, máscaras cirúrgicas e gel desinfetante para que o cidadão, ainda que em confinamento obrigatório, reduza todos os riscos de transmissão dentro do seu próprio domicílio ou no caso de ter de se deslocar para cuidados de saúde autorizados.
Além do apoio sanitário, Basílio Horta explica que a autarquia está também a atuar no campo social, adiantando que foi já dada resposta a 291 pedidos de apoio alimentar, apoio de medicação em 43 situações e apoio económico em 92 casos, além da busca de solução para 26 pedidos de alternativa habitacional.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e nove mil mortos e quase 39 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.149 pessoas dos 95.902 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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