Conforme adiantou esta quarta-feira à agência Lusa a presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Conceição Margalha, as atuais instalações deste Serviço de Urgência Básica (SUB) são insuficientes para dar resposta à população dos concelhos de Castro Verde, Almodôvar, Ourique, Aljustrel e Mértola, num total de cerca de 40 mil pessoas.
“Os espaços físicos são exíguos, sobretudo na zona de triagem, salas de espera, sala de tratamentos, gabinete de enfermagem e gabinete administrativo”, sendo “de extrema importância o seu alargamento”, disse Conceição Margalha.
A presidente da ULSBA revelou que em 21 de outubro se realizou em Castro Verde uma reunião para analisar a possibilidade de se proceder a uma ampliação do atual espaço da SUB de Castro Verde, em que esteve presente juntamente com o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, e o presidente do município, António José Brito.
Conceição Margalha acrescentou que já está a ser desenvolvido “o Programa Funcional e só posteriormente será efetuado o projeto” de ampliação do edifício do SUB de Castro Verde, que ficará a cargo da câmara municipal.
“Após estes trâmites é que poderá haver uma estimativa de custos da obra”, observou a presidente da ULSBA, acrescentando que, “neste momento, ainda não existe fonte de financiamento, embora estejam a ser desenvolvidos todos os esforços para a obter”.
Para o presidente da Câmara de Castro Verde, a ampliação do edifício do SUB “é muito urgente” e “imperiosa”, dado que, apesar de ter sido projetado para dar resposta a sete mil pessoas, atende hoje um universo de 40 mil utentes.
“A par disso, este SUB dá resposta às duas maiores minas do país, Neves-Corvo, com dois mil trabalhadores, e Aljustrel, com 500”, além de o seu espaço “não ter condições mínimas para dar respostas competentes”, apontou António José Brito em declarações à Lusa.
O autarca alentejano disse ainda que tudo isto se comprova “na sala de espera insuficiente” e “na total falta de privacidade na receção dos doentes”, reforçando que “no caso da triagem médica a situação é totalmente inaceitável”.
A estes problemas António José Brito juntou o facto de o SUB de Castro Verde “não ter sala de pediatria ou de ortotraumatologia”, de a morgue ser “um espaço adaptado e sem condições”, e de a sala de emergência “não ter condições para o suporte avançado de vida”.
“A Câmara de Castro Verde não se conforma com esta situação e está ativamente a trabalhar para termos uma significativa melhoria. Vamos assumir a elaboração do projeto e estamos igualmente disponíveis para assegurar a fiscalização da obra. Queremos, neste como em outros casos, fazer parte da solução”, referiu o presidente deste município do distrito de Beja.
O SUB de Castro Verde configura o primeiro nível de acolhimento a situações de urgência de cariz médico, permitindo o atendimento das situações urgentes com maior proximidade das populações.
O serviço conta, desde 2013, com uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no sentido de melhorar a assistência pré-hospitalar às vítimas de acidente e doença súbita na região, bem como assegurar um adequado transporte inter-hospitalar aos doentes críticos assistidos no SUB de Castro Verde.
LUSA/HN
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