DGS publica relatório do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável

2 de Novembro 2020

O relatório anual do Global Burden Disease de 2019 será apresentado pela primeira vez no relatório anual do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável que é publicado esta segunda-feira pela Direção Geral de Saúde (DGS).

Entre as informações avançadas pela DGS, os hábitos alimentares inadequados, como o elevado consumo de carnes vermelhas, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal, são um dos cinco fatores que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável pelos portugueses.

O relatório foca-se ainda num diagnóstico da situação epidemiológica e na apresentação de dados relativos à avaliação dos resultados alcançados por diferentes medidas que foram implementadas pelo PNPAS ao longo dos últimos anos.

Ao longo de 2020, o PNPAS procurou recolher informação acerca dos resultados de diferentes medidas em curso, como a lei que aplica restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos, a campanha para a promoção da alimentação saudável “Comer melhor, uma receita para a vida” (que decorreu em novembro de 2019) e a implementação do rastreio nutricional nos cuidados de saúde hospitalares.

Quanto aos anúncios sobre produtos alimentares, o relatório explicita que “os canais infantis não apresentam atualmente publicidade a alimentos, porém, cerca de 10,4% dos anúncios publicitários nos canais de TV generalistas são relativos a alimentos. Nestes, a maioria (65,6%) dos alimentos que são publicitados não cumprem o perfil nutricional definido pela DGS e 18,6% dos anúncios a alimentos ainda apresentam conteúdo dirigido a crianças”.

Quando comparado com outros países torna-se evidente que Portugal tem uma menor percentagem de publicidade a alimentos na TV, tendo ainda havido uma redução face a 2008, em que 27,1% dos anúncios eram relativos a alimentos.

Relativamente à campanha “Comer melhor, uma receita para a vida”, 40,6% dos inquiridos viram pelo menos um dos elementos da campanha. Destes, 12,9% lembram-se da sua mensagem principal.

Já no que diz respeito à melhoria da prestação de cuidados nutricionais, em particular ao nível dos cuidados de saúde hospitalares, segundo o documento 68,3% das unidades hospitalares do SNS têm o rastreio de risco nutricional implementado e em andamento, apesar do Despacho n.º 6634/2018, que determinou a identificação do risco nutricional a todos os doentes hospitalizados.

 

 

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