Grécia regressa ao confinamento a partir de sábado durante três semanas

5 de Novembro 2020

A Grécia vai regressar ao confinamento no sábado de manhã e durante três semanas, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis numa videoconferência, sublinhando a necessidade de conter a segunda vaga da pandemia que atinge o país.

“Foi uma decisão difícil”, mas “as medidas devem ser tomadas durante três semanas para vencer a segunda vaga” do coronavírus, indicou Mitsotakis, segundo o qual os gregos só poderão sair de casa depois de serem autorizados a fazê-lo através de uma mensagem de texto recebida no telemóvel.

O confinamento deve começar às 06:00 locais (04:00 em Lisboa) de sábado. Apenas as “lojas essenciais”, incluindo supermercados e farmácias, ficarão abertas, disse o chefe do Governo.

Para sair de casa, será necessário indicar o motivo e o horário por SMS e obter autorização das autoridades pela mesma via.

Ao contrário do que aconteceu durante o primeiro confinamento imposto durante seis semanas no final de março, “as creches e escolas primárias continuarão abertas”, indicou Mitsotakis.

Para os restantes alunos recomeçará o ensino à distância. Os universitários já se encontram nessa modalidade.

O novo confinamento acontece numa altura em que o número de mortos e de infetados pelo novo coronavírus aumenta diariamente.

Nas últimas 24 horas registaram-se 2.646 casos e 18 mortes ligadas à Covid-19, significativamente acima dos valores diários da semana passada.

Mas é sobretudo o número de doentes nos cuidados intensivos que preocupa as autoridades devido à capacidade do sistema de saúde: os intubados duplicaram num mês, passando de 82 pessoas em 04 de outubro para 169 na quarta-feira.

“Nos últimos cinco dias assistimos a um aumento perigoso do número de mortos e da ocupação de (camas) em cuidados intensivos”, disse o primeiro-ministro, justificando a tomada da decisão neste momento.

No total, a Grécia conta com 673 mortos e quase 47 mil infetados.

A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 47,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

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