“Esta histórica visita à Mesopotâmia, a terra dos mensageiros e santos e o lugar do nascimento de Abraão, o pai dos profetas, será uma mensagem eloquente para apoiar os iraquianos (…) e afirmar a unidade da humanidade na sua aspiração à paz, à tolerância, e enfrentar o extremismo”, afirmou em árabe na sua conta na rede social Twitter.
No entanto, na sua mensagem em inglês não fez referência ao “extremismo”, mas antes aos “valores da justiça e dignidade”.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni anunciou hoje a visita do papa ao Iraque entre o 05 e 08 de março de 2021, na sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início da pandemia de Covid-19.
O porta-voz indicou que o papa “visitará Bagdad, a planície de Ur, ligada à memória de Abraão, a cidade de Erbil (capital da região autónoma curda), e ainda Mossul e Qaraqosh, na planície de Nínive”.
Mossul foi a “capital” no Iraque do autoproclamado califado anunciado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), que ocupou uma das cidades mais importantes do país desde 2014 até à sua derrota em julho de 2017.
O papa Francisco expressou em várias ocasiões o seu desejo de visitar aquele país para apoiar os cristãos perseguidos durante todos esses anos e de viajar para uma terra “que tanto sofreu”.
Esta viagem sem precedentes para um papa “simboliza uma mensagem de paz para o Iraque e para toda a região”, reagiu previamente o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano em comunicado.
Antes da pandemia do novo coronavírus, o papa Francisco havia expressado claramente o seu desejo de visitar o Iraque, referindo-se à população do país como “martirizada” pela guerra.
Ao receber os representantes das obras de ajuda às Igrejas Orientais em junho de 2019, Francisco manifestou novamente a sua “vontade” de ir ao Iraque em 2020.
O papa recebeu também no Vaticano, em janeiro de 2020, o Presidente iraquiano, Barham Salih.
LUSA/HN
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