De acordo com o documento, a que a Lusa teve hoje acesso, os imigrantes em Cabo Verde enviaram de janeiro a setembro remessas no valor superior a 2.650 milhões de escudos (23,9 milhões de euros), valor que compara com os quase 2.200 milhões de escudos (19,9 milhões de euros) do mesmo período de 2019.
As remessas enviadas pelos imigrantes que trabalham em Cabo Verde já tinham disparado 50% no primeiro trimestre em termos homólogos, segundo dados anteriores do Banco de Cabo Verde (BCV). Apesar da conjuntura da pandemia de Covid-19, essas remessas acumulam um crescimento de 20,5% até setembro.
Os imigrantes portugueses foram os que mais remessas enviaram para os países de origem, com 1.033,5 milhões de escudos (9,4 milhões de euros) até setembro, um aumento superior a 50% face aos 688,3 milhões de escudos (6,2 milhões de euros) nos primeiros nove meses de 2019.
Seguem-se os senegaleses, com 276,4 milhões de escudos (2,5 milhões de euros), enquanto os imigrantes da Guiné-Bissau, a maior comunidade estrangeira a trabalhar no arquipélago, enviaram remessas de 152,5 milhões de escudos (1,4 milhão de euros).
De acordo com o relatório estatístico de 2019, as remessas dos portugueses que trabalham em Cabo Verde diminuíram 10%, face ao ano anterior, para 965,9 milhões de escudos (8,7 milhões de euros). Em 2018, esse registo foi de 1.224,7 milhões de escudos (11,1 milhões euros), em 2017 de 1 073,6 milhões de escudos (9,7 milhões de euros) e em 2016 de 828,7 milhões de escudos (7,5 milhões de euros).
Segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve atividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.
LUSA/HN
0 Comments