O estudo, realizado com o apoio do programa de investigação Eurovisão da União Europeia Horizonte 2020, avaliou dificuldades de visão reportadas pelos próprios indivíduos em 30 países europeus, incluindo Portugal, e foi publicado na Acta Ophthalmologica, com a autoria de vários investigadores internacionais de optometria e oftalmologia.
De acordo com as conclusões do estudo, a má visão contribui para impedir o desenvolvimento de todo o potencial das crianças, para a limitação de produtividade nos adultos e perda de autonomia na terceira idade. Também conduz ao isolamento, à sensação de insegurança e impotência e à degradação da autoconfiança. Como tal, contribui para os comportamentos depressivos de uma forma muito marcada.
Os resultados enfatizam a necessidade de uma abordagem abrangente, de resposta eficaz integrada, na comunidade e de proximidade. Os cuidados para a saúde da visão são os cuidados de especialidade mais frequentes no ser humano e devem ser assegurados desde o nascimento e ao longo de toda a extensão da vida.
Cerca de 5 milhões de portugueses sofrem de erro refrativo e, ainda assim, o Estado Português mantém-se sem implementar as recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre a integração e planeamento da força de trabalho dos cuidados para a saúde da visão desde os cuidados primários aos cuidados hospitalares e de reabilitação.
Estas recomendações foram recentemente reforçadas pela OMS para o rastreio da retinopatia diabética no dia 14 de Novembro, onde mais uma vez se reforça o papel fundamental que os Optometristas devem desempenhar na prestação de cuidados primários para a saúde da visão. Até lá, cada vez mais portugueses irão ver pior o seu presente e futuro.
O artigo completo podem ser consultado na Acta Ophthalmologic
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