Governo de Macau sem soluções para ajudar residentes que querem regressar

4 de Janeiro 2021

O Governo de Macau avisou hoje que não tem soluções para apoiar os residentes que queiram regressar ao território, incluindo portugueses que se encontram fora do território.

“Não temos um arranjo lançado ou ponderado”, afirmaram as autoridades de Macau, em conferência de imprensa, relativamente aos mais de 30 pedidos de residentes que fizeram consultas de pedido ou manifestações de vontade para regressar ao território.

Muitas pessoas optaram por sair de Macau e têm de avaliar a sua necessidade real, avisaram ainda as autoridades.

Em causa está a decisão das autoridades de Taiwan, a partir de 01 de janeiro, de proibirem a entrada a estrangeiros após terem registado o primeiro caso de variante do novo coronavírus descoberta no Reino Unido, não permitindo sequer que se mantenham os voos de trânsito, que permitiam ligar Macau a outros destinos internacionais, como Portugal.

Em relação a esta decisão, que dificulta, em muito, o regresso de residentes ao território, as autoridades indicaram que as “mudanças de transito não impedem vias ou roteiros para regressar a Macau”, recordando que os residentes podem regressar através de Tóquio, apesar de admitirem que existem poucos voos.

Caso tenham passaporte português, que não é o caso dos portugueses, podem regressar através da China continental, recordaram.

No dia 31 de dezembro, o Consulado Geral de Portugal em Macau disse que está a desenvolver contactos com as autoridades locais para ajudar a regressar os portugueses residentes na região administrativa especial chinesa.

“O Consulado Geral de Portugal tomou conhecimento da situação de diversos portugueses com estatuto de residente na RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] que se encontram em Portugal e pretendem regressar a Macau”, indica-se numa nota enviada à comunicação social.

“Face à decisão das autoridades de Taiwan proibirem a entrada e o trânsito de estrangeiros, o Consulado Geral de Portugal está a desenvolver contactos com as autoridades da RAEM, responsáveis pelo regresso dos seus residentes a Macau, no sentido de ser encontrada, em conjunto, uma solução para o problema”, salienta-se.

Macau, que não regista qualquer caso há mais de seis meses, mantém fortes restrições fronteiriças, à exceção da China continental.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.835.824 mortos resultantes de mais de 84,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

NR/HN/LUSA

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