O segundo dia da campanha oficial de Marisa Matias arrancou com a visita a casa de uma cuidadora informal com o objetivo de chamar à atenção para tudo o que falta fazer no “passo gigante” que foi a criação de um estatuto que reconhece estas pessoas.
“Se temos limitações – e teremos seguramente – em relação a atos eleitorais, nomeadamente se pensarmos no voto das pessoas emigrantes, não é por causa da pandemia, é porque já há limitações que bloqueiam o exercício do direito de voto”, respondeu aos jornalistas, no final, quando questionada sobre as limitações que a pandemia traz à campanha eleitoral e ao próprio dia das eleições.
Reiterando que estão criadas as condições para que as pessoas possam votar em segurança, a recandidata presidencial apoiada pelo BE foi perentória: “cumprindo as regras, cumprindo as normas, nós não podemos ficar dentro da caixinha nem dentro da bolha, temos que ir ouvir as pessoas, onde elas estão, porque é para isso, para ouvir os seus problemas e para falar daquilo que são soluções para o país para os próximos anos”.
Confrontada com o facto de, noutras candidaturas, ter havido a presença de muitas pessoas fisicamente no primeiro dia, Marisa Matias fez questão de dar o exemplo da sua própria campanha.
“O que eu tenho a dizer sobre ontem [domingo] é que eu participei provavelmente no maior comício que eu alguma vez tive oportunidade de realizar, que tendo sido um comício virtual teve, no total, mais de mil pessoas a assistir e, portanto, conseguimos chegar às pessoas em tempos difíceis e ontem foi a prova disso. Foi o maior comício que eu alguma vez fiz, em qualquer uma das campanhas com ou sem pandemia”, disse.
Para a eurodeputada e dirigente bloquista “há formas de fazer” campanha e todos os intervenientes na sua, incluindo a comunicação social, se estão a adaptar.
“Estamos todos a cumprir todas as regras e todas as normas de segurança e de proteção sanitária”, assegurou.
LUSA/HN
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