Primeiro-ministro diz que “situação alarmante” justifica o confinamento geral de um mês

12 de Janeiro 2021

No final da reunião com o Infarmed o primeiro-ministro alertou que a situação epidemiológica em Portugal é "alarmante", justificando assim a necessidade de um confinamento geral. Os especialistas reconheceram que os números podem atingir os 14 mil casos diários nos próximos dias. O encerramento das escolas poderá estar em cima da mesa.

António Costa explica que vai ser necessário adotar medidas “com um perfil muito parecido” ao que foi imposto na primeira fase da pandemia, nos meses de abril e maio do ano passado. De acordo com os especialistas a tendência crescente do número de contágios poderá estar relacionado com a diminuição da” perceção de risco da doença”, refletida numa menor utilização de máscara.

Sobre a possibilidade de encerrar as escolas, o primeiro-ministro admite que este é um “tema que “causa divergência entre especialistas”, pois apesar destes locais não serem “em si um foco”, são sim “um fator de movimentação que resulte num aumento de transmissão” da Covid-19. As dúvidas centram-se na continuação de aulas presenciais de alunos com mais de 12 anos, ou seja, dos alunos do terceiro ciclo. “Nada justifica fecha as escolas até aos 12 anos”.

O líder do Governo revela que os dados apresentados pelos peritos apontam para um aumento crescente do número de infetados, sendo “preciso ir mais além da recolher nos fins de semana”. O confinamento geral durante um mês justifica-se na medida em que “as medidas demoram duas a três semanas a produzir efeitos”.

Apesar de já ter sido iniciado o plano de vacinação no país, o primeiro-ministro relembra que “não é por já haver vacina que estamos protegidos”, chamando a atenção para a importância de não desvalorizar a doença. Ainda existem muitas dúvidas sobre o vírus, nomeadamente, as novas estirpes.  “É preciso ter cautela e essa cautela resulta em confinamento.”

Depois de ouvir a opinião dos especialistas, Costa sublinha que as medidas adotadas pelo Governo tiveram sempre em consideração a realidade do país, tendo sido sempre “feito o esforço para tomar decisões com base no conhecimento científico”.

Apesar de reconhecer que o confinamento tem um forte impacto na economia do país, o chefe do Executivo diz que “acima de tudo está a vidas das pessoas”. No entanto, o Governo vai “apoiar a manutenção do emprego, apoiar as empresas e as familias”.

Os número epidemiológicos ainda não foram anunciados, mas de acordo com António Costa “os número hoje ultrapassam os sete mil casos”.

HN/Vaishaly Camões

1 Comment

  1. Filipa

    Bom dia como é possível escolas de condução, centro de inspeção, feiras etc. Isso não são bens de necessidade por favor pensem

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