No seu discurso de vitória, no átrio da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que os portugueses “querem, ao fim e ao cabo, sair deste quase ano de vida congelada, adiada, dilacerada, para um horizonte de esperança, de projeto e de sonho”.
“Dentro de três anos estaremos no meio século do 25 de Abril, e é inconcebível que se não possa dizer então que somos, não só muito mais livres, mas também muito mais desenvolvidos, muito mais iguais, muito mais justos, muito mais solidários do que éramos no início da caminhada, e tanto como nos prometemos nesse início”, defendeu.
Perante a comunicação social, numa noite eleitoral sem convidados nem apoiantes, acrescentou: “E temos de partir quanto antes para poder atingir a meta a tempo de não deixar esmorecer a esperança. Até porque a maior homenagem que podemos prestar aos mortos que lembrei no começo destas palavras é cuidar dos vivos e com eles recriar Portugal”.
Nesta intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa “o mais urgente do urgente chama-se agora combate à pandemia”, mas elencou um conjunto de objetivos a prazo para o país: “Uma recuperação do emprego, rendimentos, crescimento, investimento, exportações e mercado interno, uma perspetiva de futuro efetivo para micro, pequenas e médias empresas”.
“Uma presidência portuguesa da União Europeia fortalecendo o papel de Portugal na Europa e no mundo, a começar no universo da lusofonia. Fundos europeus bem geridos em transparência e eficácia, uma reconstrução que vá para além da mera recuperação, na qualificação, no clima e ambiente, na energia, no digital, mas também na demais economia, na justiça, na luta contra a corrupção, na reforma do Estado, na defesa e na segurança”, acrescentou.
De imediato, frisou que há que “fazer tudo” para “travar e depois inverter” a propagação da Covid-19 em Portugal, que está “a pressionar em termos dramáticos” as estruturas de saúde.
“É essa, e é bom que fique claro isso nesta noite, continua a ser essa a minha primeira missão, para estas semanas e para os próximos meses, em solidariedade institucional total com a Assembleia da República e o Governo e tentando envolver o maior número de partidos e parceiros económicos e sociais numa desejável conjugação coletiva”, prometeu.
LUSA/HN
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