De acordo com um despacho, emitido na segunda-feira pelo primeiro-ministro e a que o Diário de Notícias (DN) teve acesso, também a Provedora de Justiça, os membros do Conselho de Estado e a magistratura do Ministério Público vão começar a ser vacinados na próxima semana.
O primeiro-ministro, António Costa, terá já enviado as “cartas aos órgãos de soberania para que estabeleçam as prioridades para inoculação em cada um dos serviços”.
“De modo a que se possa programar com precisão este processo é essencial definir, entre estes titulares, a indispensável ordem de prioridade, tendo em conta a limitada quantidade de doses disponíveis em cada semana”, especifica António Costa na mensagem enviada ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, a que o DN teve acesso.
No texto, o primeiro-ministro pede a Ferro Rodrigues que especifique os deputados, bem como a lista nominativa dos funcionários daquele órgão, “que devam ser considerados prioritários nesta fase”.
António Costa diz também na mensagem que já estabeleceu prioridades dentro do Governo, “tendo em conta as competências na tutela de serviços essenciais, no combate à pandemia ou no exercício da Presidência Portuguesa da União Europeia”.
Segundo o DN, na lista está o próprio primeiro-ministro à cabeça, seguindo-se os ministros de Estado, da Defesa, da Administração Interna, da Justiça, do Trabalho, da Saúde, do Ambiente e das Infraestruturas.
Depois surgem na lista os secretários de Estado da Saúde e “os cinco secretários de Estado que exercem a função de coordenação regional no combate à pandemia”, bem como a secretária de Estado dos Assuntos Europeus e posteriormente os restantes governantes.
O despacho tem efeitos já a partir de hoje.
O primeiro-ministro refere na mensagem que termina esta semana a administração da primeira dose da vacina “dos profissionais de saúde do SNS considerados prioritários pelos respetivos serviços, a vacinação de todos os utentes e colaboradores das ERPIS e das unidades da rede nacional de cuidados continuados integrados em condições de serem vacinados, dos demais profissionais de saúde envolvidos no combate à covid”.
Segundo o jornal, aos profissionais de saúde dos hospitais privados não há qualquer referência.
A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou na segunda-feira que vai arrancar na próxima semana a “vacinação dos maiores de 50 anos com certas comorbilidades, dos bombeiros e equipas de primeira intervenção de ação social e ainda das pessoas que asseguram serviços essenciais”.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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