Detidas mais de vinte pessoas por violência contra o confinamento na Holanda

29 de Janeiro 2021

As autoridades holandesas detiveram pelo menos mais 24 pessoas nas últimas 24 horas por envolvimento nos distúrbios dos últimos dias em várias cidades da Holanda enquanto se verifica uma intensificação da vigilância nas ruas e na internet.

As pessoas detidas são suspeitas de participação nos confrontos contra a polícia em várias cidades e incitação à violência através das redes sociais contra as restrições sanitárias, como o recolher obrigatório, impostas para evitar a propagação da pandemia de Covid-19.

Os detidos são também suspeitos de organização de manifestações contra o confinamento, em vigor desde a semana passada, provocação e “uso de material proibido” nas manifestações ilegais.

Até este momento ainda não existe um balanço oficial sobre o número total de detidos nos distúrbios das últimas quatro noites em vários pontos do país.

Pelo menos seis das novas detenções ocorreram em Tiel, Gueldres, no leste da Holanda.

Outro dos detidos encontrava-se em Nijmegen, tendo o indivíduo resistido à ação da polícia.

Em Tilburg, um jovem foi preso por apelos nas redes sociais à participação em protestos contra o recolher obrigatório.

Em outras circunstâncias a ação do jovem através da internet não seria delito mas no atual contexto as autoridades consideram que se tratou de um “gesto de incitação à violência e sedição”.

Por outro lado, desde o princípio da semana, ascende a pelo menos 72 o número de pessoas detidas por pilhagem, vandalismo e violência contra a polícia em Eindhoven, onde, um jovem de 19 anos está acusado de saquear um supermercado da estação central da cidade, outro indivíduo, de 31 anos, por violência e outro, de 47 anos, por destruir um canhão de água da polícia.

Após a violência em diferentes cidades, entre sábado e terça-feira, as últimas noites foram mais tranquilas tendo a polícia comunicado que “não se registaram distúrbios em nenhuma parte”.

A polícia de Amesterdão frisou que a situação na capital foi “tranquila” e agradeceu, através das redes sociais, “às muitas iniciativas de moradores, famílias e jovens trabalhadores” que se mobilizaram para evitar a escalada da violência e para ajudar a recolher os destroços na rua.

LUSA/HN

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