“Pelo menos três coordenadores de ACeS já foram ouvidos”, adiantou essa fonte à agência Lusa, sem mencionar os casos em concreto.
Entretanto, referiu, também a presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques, foi notificada ao abrigo das mesmas investigações, “mas ainda não há data marcada” para a responsável comparecer na sede da Diretoria do Centro da PJ, em Coimbra.
Outra fonte do processo contactada pela Lusa disse que a ARS facultou à Polícia Judiciária os contactos dos coordenadores dos seis ACeS da região Centro, bem como dos diretores das unidades locais de saúde (ULS) da Guarda e de Castelo Branco.
“Estão a ser feitas averiguações. A PJ tem pedido documentação relacionada com a vacinação, que está a ser fornecida”, afirmou.
Os seis Agrupamentos de Centros de Saúde que respondem perante o conselho diretivo da ARS do Centro são os seguintes: Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cova da Beira, Dão Lafões, Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral.
Há duas semanas, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) iniciou ações inspetivas aos presumíveis abusos na vacinação contra a Covid-19 em hospitais e centros de saúde do Centro.
As inspeções da IGAS envolvem ainda o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), uma das maiores estruturas do país do Serviço Nacional de Saúde.
Com o objetivo de “potenciar um tratamento uniformizado e maior agilização na articulação com as inspeções setoriais”, o Ministério Público optou por concentrar na PJ a investigação de irregularidades com o plano nacional de vacinação contra a Covid-19, que inclui a instauração de inquéritos em várias regiões.
Por seu lado, no início deste mês, a IGAS encetou um processo de inspeção para verificar o cumprimento das normas e orientações aplicáveis ao processo de administração da vacina contra a Covid-19.
Esta inspeção abrange as cinco administrações regionais de saúde (ARS), entidades hospitalares do setor público empresarial do Estado, entidades hospitalares do setor público administrativo, hospitais privados, hospitais do setor social, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Lusa/HN
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