ONU pede ajuda de 585 milhões de dólares para apoiar 1,1 milhões de refugiados da RDCongo

5 de Abril 2021

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) necessita de 585 milhões de dólares (497,2 milhões de euros) para apoiar 1,1 milhões de refugiados da República Democrática do Congo em vários países, incluindo Angola.

Um comunicado do ACNUR, a que a agência Lusa teve hoje acesso, refere que, junto com 66 dos seus parceiros humanitários e de desenvolvimento, foi lançado um apelo de financiamento de 585 milhões de dólares para ajudar 1,1 milhões de refugiados da RDCongo em sete países vizinhos.

“Por mais de uma década, a RDCongo – um país que sofreu uma das mais difíceis e duradouras crises humanitárias na África – gerou centenas de milhares de refugiados que estão sendo generosamente hospedados em todo o continente africano, incluindo Angola (23.458), Burundi (79.662), República do Congo (19.791), Ruanda (74.696), Uganda (573.406), República da Tanzânia (78.571) e Zâmbia (58.911)”, refere-se no comunicado.

De acordo com o documento, a angariação de fundos deve-se à evolução e crescentes necessidades, bem como o aumento da pressão sobre os recursos em países que hospedam refugiados congoleses.

“O Plano Regional de Resposta a Refugiados da RDCongo (RRRP) requer 585 milhões de dólares para manter, aumentar e melhorar programas para proteger, educar, apoiar meios de subsistência e fornecer alimentação, saúde e nutrição, abrigo, água potável e saneamento”, realça o ACNUR.

O diretor do escritório da África Austral do ACNUR, Valentim Tapsoba, que atua como coordenador regional de refugiados para a situação da RDCongo, citado na nota, disse que a pandemia da Covid-19 veio também acrescentar “mais uma camada de vulnerabilidade às necessidades de proteção e assistência dos refugiados e requerentes de asilo congoleses”.

“Os parceiros do RRRP adaptaram a programação ao contexto da covid-19 para manter os serviços de proteção crítica e outras formas de assistência para salvar vidas, ao mesmo tempo em que aumentam a assistência específica para os mais afetados pela pandemia”, sublinha a ONU no comunicado.

Também para reduzir a dependência da assistência humanitária, o plano da RDCongo promove a inclusão de refugiados nos sistemas nacionais e procura fortalecer a autossuficiência por meio da educação, formação e oportunidades de sustento de apoio para as comunidades de refugiados e de acolhimento.

“Através do RRRP, não estamos apenas a expressar as necessidades urgentes e de longo prazo dos refugiados congoleses, mas também exortamos os parceiros novos e existentes, as partes interessadas e outros atores importantes, a juntarem-se a nós na renovação do nosso compromisso coletivo de fornecer soluções abrangentes e duráveis para refugiados da RDCongo”, apelou Valentim Tapsoba.

LUSA/HN

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