De acordo com o Conselho de Administração (CA) do CHO, “estão reunidas as condições para a retoma da empreitada” no hospital, onde se verifica “uma diminuição da pressão na procura dos serviços de urgência, efeito da redução do número de infetados com Covid-19”.
Por outro lado, segundo um comunicado do CHO, foi concluída “a instalação de uma nova unidade modular, que irá permitir uma realocação dos espaços no interior do serviço de urgência, libertando áreas para a intervenção”.
A intervenção tem uma duração prevista de 153 dias e incidirá na expansão do Serviço de Urgência, com a criação de uma segunda Sala de Observação, com 264 metros quadrados e capacidade para 20 camas, e a criação de um espaço complementar para 12 cadeirões.
A obra incide ainda na urgência pediátrica, ampliada de 27 para 76 metros quadrados, passando a dispor de seis camas. O serviço será ainda dotado de uma sala de espera exclusiva e de um balcão de admissão destinado unicamente aos doentes até aos 18 anos.
A ampliação do serviço de urgências representa um investimento de 1.449.717,88 euros (acrescidos de IVA), com financiamento do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), atribuído no âmbito do programa CENTRO 2020.
A empreitada de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência das Caldas da Rainha teve início em janeiro de 2018, prevendo-se na altura que decorresse em quatro fases e estivesse concluída em abril de 2019.
Contudo, de acordo com esclarecimentos prestados pelo CA do CHO à Comissão de Utentes do Centro Hospitalar, num documento a que a agência Lusa teve acesso, a obra “sofreu ao longo do tempo vários atrasos, decorrentes da necessidade de realização de trabalhos complementares, bem como do suprimento de erros e omissões detetados ao longo da respetiva execução”, que provocaram diversos atrasos na conclusão da obra que, face à pandemia de Covid-19, acabou por ser suspensa em março de 2020.
Em novembro do mesmo ano foi nomeada uma Comissão de Fiscalização Externa que encetou negociações com a empresa construtora, culminando com a retoma da última fase da obra.
Para o CA do Centro Hospitalar do Oeste, a concretização da ampliação “irá permitir melhorar a qualidade de acolhimento, conforto e atendimento aos doentes”, bem como as condições de trabalho dos profissionais, que passarão a dispor de “melhores instalações e equipamentos, que permitirão aumentar a capacidade de resposta à atividade”.
No comunicado o CHO sublinha ainda que “apesar dos constrangimentos provocados pela obra e sua suspensão, o Serviço de Urgência de Caldas da Rainha esteve sempre a funcionar e a prestar os cuidados necessários aos utentes”.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, servindo mais de 292 mil pessoas, numa área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
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