Num requerimento entregue hoje na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o BE assinala que “já recebeu várias denúncias de pessoas que estão a tentar resolver as suas situações através de consultas no privado” e defendeu que “cabe ao Sistema Regional de Saúde prover recursos humanos e físicos de forma a dar resposta em tempo útil aos utentes, sobretudo nesta época de pandemia”.
Segundo o requerimento enviado às redações, o BE “teve conhecimento de que inúmeras vezes as chamadas telefónicas” realizadas para o Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, no horário definido, “não são atendidas, o que impossibilita a marcação de qualquer consulta médica”.
“A marcação faz-se obrigatoriamente por telefone no período entre as 08:00 e as 10:30 da véspera do dia pretendido para a consulta, no entanto, os utentes queixam-se de que as chamadas realizadas no horário referido não estão a ser atendidas, impossibilitando qualquer marcação ou contacto”, refere o BE.
Segundo o Bloco de Esquerda, “a central telefónica” da unidade de saúde está “obsoleta, tendo inclusivamente este problema já sido identificado pela tutela”.
O Bloco alerta que estes “constrangimentos nos contactos dos utentes com o Centro de Saúde de Angra do Heroísmo”, na ilha Terceira, “impossibilitam a marcação de consultas, incluindo a quem pretende entregar documentos que lhes permitam entrar nas listas de vacinação contra a covid-19 e não têm médico de família”.
“Embora a documentação para se ser incluído nas listas de vacinação possa ser entregue em formulário online, muitos dos utentes que necessitam de o fazer não têm acesso ou aptidões técnicas para optar por esta via”, refere o Bloco de Esquerda.
No requerimento, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda pergunta ao Governo Regional se “tem conhecimento da situação explanada relativamente à central telefónica do Centro de Saúde de Angra do Heroísmo e quando pretende resolver esta situação”.
“Tem o Governo Regional conhecimento relativamente ao número de médicos manifestamente insuficiente para prestar consultas de apoio na Unidade de Saúde da Ilha Terceira referida”, questiona ainda o BE nos Açores.
LUSA/HN
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