Segundo a Universidade, citada pela agência Kyodo, vários transplantes de pulmões foram feitos a vítimas do novo coronavírus ao longo do último ano, nos Estados Unidos, China e nalguns países europeus, recorrendo a órgãos de dadores em morte cerebral, mas este é o primeiro transplante de dadores vivos.
O recurso à família da doente, que perdeu a capacidade respiratória devido ao endurecimento e encolhimento dos seus pulmões, foi uma pioneira opção de recurso, dado que no Japão o tempo de espera por órgãos pode demorar até 2 anos e meio, devido a escassez de dadores.
A operação teve a duração de 11 horas, envolvendo a remoção de parte de pulmões saudáveis – o esquerdo do marido e o direito do filho da doente – que foram transplantados.
Os dadores estão em situação estável e a doente encontra-se nos cuidados intensivos, esperando-se que tenha alta dentro de dois meses, afirmou o hospital.
Pai e filho ofereceram-se para doar os pulmões, depois de saberem pelos médicos que um transplante era a única esperança de vida para a doente, ambos aceitando que depois da operação teriam a sua capacidade pulmonar reduzida.
A doente foi infetada com o novo coronavírus no final do ano passado, não tendo antecedentes clínicos graves, e a sua capacidade pulmonar degradou-se de forma rápida, tendo desenvolvido uma pneumonia grave.
Hiroshi Date, cirurgião torácico que realizou a operação afirmou que o tratamento “traz muita esperança, pois cria uma nova opção” para casos semelhantes.
LUSA/HN
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