“Nomadland” de Chloé Zhao vence melhor filme nos prémios do Sindicato de Realizadores

11 de Abril 2021

O filme "Nomadland", de Chloé Zhao, venceu, no sábado, o prémio de melhor longa-metragem nos prémios do Sindicato dos Realizadores da América (DGA, na sigla inglesa), na última grande cerimónia antes do Óscares.

A realizadora, que foi a segunda mulher a vencer aquele prémio, dedicou o discurso de vitória aos colegas nomeados: “Quero agradecer-vos por me ensinarem tanto e por me apoiarem. Vocês tornaram esta viagem muito mais especial”, disse a realizadora de 39 anos.

Até agora, apenas uma mulher tinha ganhado o troféu de melhor longa-metragem nos prémios da DGA: Kathryn Bigelow, em 2009, por “Estado de guerra”.

Também indicados na categoria principal foram os realizadores David Fincher (“Mank”), Emerald Fennell (“Promising Young Woman”) e Lee Isaac Chung (“Minari”).

A obra de Chloé Zhao é considerada a grande favorita aos Óscares deste ano.

Chloé Zhao, natural de Pequim, disse que espera que através do seu filme os espectadores possam “experimentar a vida de pessoas que podem ver como o outro e assim sentirem-se menos solitários”.

Segundo a realizadora, o filme serviu também como “uma saída e um remédio para a sua solidão muito intensa”.

“Sound of Metal”, de Darius Marder, conquistou o prémio de melhor estreia na realização, enquanto, no campo da televisão, foi premiada a realização da série “Gambito de Dama”, de Scott Frank.

“Nomadland – Sobreviver na América”, terceira longa-metragem de Chloé Zhao, acompanha Fern (a atriz Frances McDormand), uma mulher que decide abandonar a vida convencional na cidade, atingida por uma crise económica, para ser nómada, numa carrinha.

O filme, que obteve os Globos de Ouro de melhor drama e melhor realização, está indicado ainda para os BAFTA (que terminam hoje a entrega dos galardões deste ano, distribuída em dois dias devido à pandemia de covid-19) de melhor fotografia, argumento adaptado e atriz principal, entre outros.

Se no ano passado a DGA preferiu Sam Mendes (“1917”) a Bong Joon-ho (“Parasitas”), os galardões do sindicato previram corretamente o vencedor dos Óscares nos seis anos anteriores.

Embora menos importantes que os Globos de Ouro e que os SAG, os prémios da DGA são mais antigos e seus 18.000 eleitores, incluindo os melhores realizadores do setor, oferecem um reconhecimento de prestígio.

Tratou-se da 73.ª edição dos prémio DGA.

LUSA/HN

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