O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria, Licínio de Carvalho, disse à agência Lusa que “é de louvar a iniciativa destes estudantes, que demonstra a sua consciência social relativamente à comunidade onde estudam e onde estão inseridos, e mostra a sua solidariedade para com os profissionais do CHL”.

“A preocupação destes estudantes que os impeliu a contribuir desta forma revela visão, proximidade e humanismo, que devem ser características de quem almeja ser profissional na área da saúde”, disse ainda.

Os responsáveis pela praxe da ESSLei desafiaram os alunos de todos os cursos da escola de saúde a contribuírem com um valor monetário, cujo montante seria revertido na aquisição de bens indicados pelo Centro Hospitalar de Leiria, que reúne os hospitais Santo André, em Leiria, Distrital de Pombal e Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça.

“Percebemos que muitas vezes as praxes não têm a melhor reputação, devido ao comportamento de alguns estudantes. O nosso grupo entende que a praxe deve servir para formar os nossos estudantes, tornando-os melhores pessoas e com os melhores valores”, disse à agência Lusa Bernardo Ribeiro, um dos impulsionadores da ideia.

“Já falámos com os responsáveis do hospital, com quem voltaremos a conversar, quando tivermos o montante final, para nos dizerem quais são as necessidades do momento, tendo em conta o valor que for angariado”, explicou o finalista de Fisioterapia.

Segundo Bernardo Ribeiro, “estas ações solidárias deveriam ser feitas mais vezes”.

O estudante revelou ainda que “houve um curso inteiro que se uniu e deu um valor total, o que demonstra o espírito de união, que também se pretende ter nestas iniciativas”.

Bernardo Ribeiro frisou a importância de realçar a “união”, num momento em que os estudantes não estão juntos devido à pandemia da Covid-19.

A escolha do hospital de Leiria como beneficiário da ação é simples: “Como escola de saúde, queremos dar o exemplo e ajudar aqueles que serão os nossos futuros colegas. Fazemos hoje por eles o que gostaremos que façam um dia mais tarde por nós”.

Recordando os aplausos à janela dos cidadãos, como forma de “homenagear os profissionais de saúde”, Bernardo Ribeiro adiantou que “mais importante do que bater palmas à janela é ter um papel ativo a contribuir”.

LUSA/HN